Supremo dá aval a decreto anti-imigração
A Suprema Corte americana decidiu ontem que o presidente Donald Trump agiu legalmente ao impor vetos à entrada de cidadãos de países de maioria muçulmana nos EUA, medida conhecida como lei anti-imigração.
A medida, assinada na primeira semana do governo do republicano, causou caos nos aeroportos e protestos por todo o mundo, além de ter sido contestada e revogada judicialmente inúmeras vezes. Mas a Suprema Corte entendeu, por cinco votos a quatro, que Trump agiu dentro dos poderes a ele estabelecidos por lei.
A ordem julgada pelos ministros é de setembro do ano passado, está em vigor desde dezembro e restringe a entrada nos EUA de cidadãos de sete países, cinco deles predominantemente muçulmanos: Irã, Líbia, Síria, Iêmen, Somália, Venezuela e Coreia do Norte.
A notícia provocou novos protestos em frente à Suprema Corte, onde manifestantes se reuniram aos gritos de “sem veto, sem muro”, em referência à proposta de Trump fazer uma barreira na fronteira com o México.
Entidades que apoiam imigrantes e refugiados nos EUA compararam o veto a um novo muro de Berlim.
“Não é a primeira vez que a Suprema Corte permite que o racismo e a xenofobia persistam”, informou a ONG União Americana das Liberdades Civis.