Bilhete Único sem dinheiro
Quem tem o Bilhete Único para usar o transporte público em São Paulo já deve ter notado que a maioria das máquinas de recarga não aceita dinheiro.
Pois o deu uma ideia da dimensão do problema para os que preferem as cédulas na hora de colocar créditos.
Das 16 estações de todas as linhas do Metrô visitadas, em 12 a única forma de recarregar o bilhete era por meio do cartão de débito.
Na linha 3-vermelha, justamente a mais movimentada do sistema, nenhuma das máquinas das estações Sé, Brás, Tatuapé, Artur Alvim, Itaquera, Barra Funda e República aceitava o pagamento em notas.
É bem verdade que muitos países, inclusive o Brasil, estão estudando formas de reduzir a circulação do dinheiro em espécie. Cada vez mais pessoas fazem suas transações diárias por meio eletrônico.
Mas isso não quer dizer, é claro, que o usuário do transporte da capital não possa ter a opção de pagar pela condução da maneira tradicional.
O pior é que, em algumas estações percorridas pela reportagem, como Jabaquara, Largo Treze, Capão Redondo e Santo Amaro, não havia nem mesmo guichês de atendimento abertos.
Até mesmo quem faz a recarga no débito passa por contratempos. Uma passageira relatou que três máquinas no Brás não fizeram a leitura de seu cartão; quando conseguiu, o comprovante não foi impresso, outra situação bastante comum.
Em resposta, o Metrô informou que sempre entra em contato com as empresas responsáveis pela operação dos terminais de autoatendimento nos casos de necessidade. Pela frequência do problema, é preciso cobrar um serviço melhor.