Gerente morre após cair no golpe ‘boa noite, Cinderela’
Suspeita foi presa. Vítima foi abordada em bar na região central durante jogo da seleção brasileira
A polícia prendeu uma mulher de 43 anos anteontem, em Itapecerica da Serra (Grande SP), acusada de matar o gerente de banco Edinaldo Melania, 45 anos, no último dia 28. A vítima teria morrido após ingerir substância química, misturada à sua bebida, no golpe “boa noite, Cinderela”.
Segundo o chefe dos investigadores do 80º DP (Vila Joaniza), Bruno Di Monaco De Luca, a vítima foi intoxicada quando assistia ao jogo do Brasil contra a Sérvia, em um bar no Anhangabaú (região central). “A suspeita admitiu estar com o bancário, com outra mulher, e disse que a vítima foi embora e que não sabia que o bancário tinha morrido”, disse De Luca.
O bancário foi encontrado desacordado, sem carteira e sem documentos, na Consolação (região central), instantes depois do jogo. Ele foi encaminhado ao hospital da Santa Casa, onde morreu por volta das 23h30. A vítima foi identificada no dia seguinte, após análise de suas digitais.
Familiares relataram à polícia que o cartão de Melania foi usado para fazer compras. Ao todo, foram gastos R$ 5.000 entre o último sábado e segunda-feira. Segundo a Polícia Civil, os suspeitos compraram roupas, alimentos, bebidas alcoólicas e eletrônicos com o cartão de crédito do gerente.
Local das compras
Com essa informação, a polícia identificou os locais onde as compras foram feitas. Uma das máquinas de leitura de cartão usada pertence à suspeita presa. A polícia foi até a casa dela, em Itapecerica, onde apreendeu dois celulares e o aparelho.
Um homem e outra mulher, ainda não identificados, teriam agido com a suspeita e usado o cartão da vítima. “No celular da presa, encontrados conversas com outra mulher, e fica evidente que ambas realizam o golpe [boa noite, Cinderela] com frequência”, disse o chefe dos investigadores.
A Justiça decretou ontem a prisão temporária da suspeita por cinco dias. Ela nega as acusações. Imagens de câmeras de monitoramento serão usadas para identificar demais acusados.