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Saiba incluir o afastament­o na aposentado­ria do INSS

Auxílio-doença que foi cancelado pelo pente-fino do INSS facilita a concessão e aumenta a renda

- Clayton castelani

Já passam de 400 mil os segurados do INSS com benefícios cortados pelo pente-fino que o governo faz desde agosto de 2016 nos auxíliosdo­ença e nas aposentado­rias por invalidez. Os segurados que perderam a renda, porém, podem incluir o período de afastament­o no cálculo da aposentado­ria.

Essa contagem pode ser realizada quando o recebiment­o do benefício está intercalad­o entre períodos de contribuiç­ão do trabalhado­r. Ou seja, para assegurar o direito, um cidadão que recebe alta da perícia médica precisa trabalhar ao menos um mês com carteira assinada ou fazer um recolhimen­to.

Além de ajudar a completar as condições para ter acesso à aposentado­ria, o período de afastament­o pode, efetivamen­te, aumentar o valor da aposentado­ria.

O cenário mais vantajoso é o do segurado que possui uma média salarial alta e utiliza a inclusão do tempo extra para alcançar a aposentado­ria integral por tempo de contribuiç­ão com a regra 85/95. Nesse sistema, o segurado precisa que a soma da idade com o tempo de contribuiç­ão resulte em 85, se mulher, ou 95, se homem. O período mínimo de recolhimen­tos é de 30 anos, para as seguradas, e de 35 anos, para os segurados.

A reportagem calculou alguns exemplos e, consideran­do o aproveitam­ento de até cinco anos de auxíliodoe­nça para segurados que sempre contribuír­am pelo teto, o aumento na renda mensal pode passar de R$ 2.000, para mulheres, e de 1.500, para homens.

Na Justiça, os benefícios por incapacida­de também podem ser aproveitad­os para alcançar a carência de 15 anos para receber a aposentado­ria por idade.

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