Saiba incluir o afastamento na aposentadoria do INSS
Auxílio-doença que foi cancelado pelo pente-fino do INSS facilita a concessão e aumenta a renda
Já passam de 400 mil os segurados do INSS com benefícios cortados pelo pente-fino que o governo faz desde agosto de 2016 nos auxíliosdoença e nas aposentadorias por invalidez. Os segurados que perderam a renda, porém, podem incluir o período de afastamento no cálculo da aposentadoria.
Essa contagem pode ser realizada quando o recebimento do benefício está intercalado entre períodos de contribuição do trabalhador. Ou seja, para assegurar o direito, um cidadão que recebe alta da perícia médica precisa trabalhar ao menos um mês com carteira assinada ou fazer um recolhimento.
Além de ajudar a completar as condições para ter acesso à aposentadoria, o período de afastamento pode, efetivamente, aumentar o valor da aposentadoria.
O cenário mais vantajoso é o do segurado que possui uma média salarial alta e utiliza a inclusão do tempo extra para alcançar a aposentadoria integral por tempo de contribuição com a regra 85/95. Nesse sistema, o segurado precisa que a soma da idade com o tempo de contribuição resulte em 85, se mulher, ou 95, se homem. O período mínimo de recolhimentos é de 30 anos, para as seguradas, e de 35 anos, para os segurados.
A reportagem calculou alguns exemplos e, considerando o aproveitamento de até cinco anos de auxíliodoença para segurados que sempre contribuíram pelo teto, o aumento na renda mensal pode passar de R$ 2.000, para mulheres, e de 1.500, para homens.
Na Justiça, os benefícios por incapacidade também podem ser aproveitados para alcançar a carência de 15 anos para receber a aposentadoria por idade.