Transplantes crescem 6% no Brasil em apenas um ano
São Paulo teve altas em procedimentos de rim e coração, apesar de leve queda na média das cirurgias
O número de transplantes no Brasil cresceu e, com isso, mais pacientes conseguiram voltar a ter uma vida normal após o procedimento. Houve alta de 6% ano passado, em relação ao mesmo período de 2016, diz a ABTO (Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos).
Em São Paulo, estado que concentra metade dos transplantes do país, houve uma leve queda de 2%, mas nos anos anteriores a tendência mostrava alta frequente (confira no quadro abaixo).
A notícia é vista com otimismo pelo empreiteiro de obras Alexandre Miranda, 40 anos, que teve transplante de medula óssea em novembro do ano passado, após ser diagnosticado com linfoma, câncer que afeta os linfócitos, células responsáveis por proteger o organismo contra infecções e doenças.
“É ótimo saber que faço parte dessa estatística. Quando fui diagnosticado, fiz quimioterapia. Perdi os cabelos e os pelos do corpo. Ainda estou em recuperação, mas quase voltando à rotina”, diz ele, que recebeu a medula óssea da irmã, Andreia, 43, 100% compatível.
A médica Ignez Accioly Bandeira Costa, 48, também recebeu uma medula nova em outubro de 2017, do irmão. “A quimio matou minha medula e recebi uma nova. Agora, tenho nove meses de vida”, brinca ela, que ainda precisa tomar vacinas para retomar a rotina.
Aos 6 anos, Paulo Henrique Gonçalves Lima, hoje com 11, começou a travar uma batalha contra o tempo para conseguir um coração novo, após descobrir uma doença rara. A mãe dele, a dona de casa Cláudia Gonçalves, 43, criou uma página no Facebook, Paulo Coração Guerreiro, que ganhou o apoio de um ídolo. “O Neymar mandou uma mensagem de vídeo antes do transplante”. diz. “Hoje já jogo bola e ando de bicicleta”, conta o menino, que ganhou novo coração há dois anos.