São Paulo é pioneira em procedimentos
São Paulo foi pioneiro em transplantes no país, segundo Marizete Medeiros, coordenadora da Central de Transplantes da Secretaria de Estado da Saúde.
“O estado fez o primeiro transplante de coração do Brasil, o segundo do mundo, há 50 anos. A migração de pacientes para cá também ocorre por isso”, diz.
A especialista afirma que o aumento constante no número transplantes de coração, por exemplo, se deve, entre outros, à realização rotineira do ecocardiograma para avaliação de doadores vivos no ano passado.
Outro motivo, ela lembra, foi a queda pela metade no tempo para diagnosticar a morte cerebral. “Antes podia levar até 24 horas. Atualmente esse tempo chega a, no máximo, 12 horas. Agiliza o processo para conversar com a família do potencial doador”, afirma.
Marizete diz que 30% das mortes cerebrais decorrem de traumatismo craniano em jovens. E alerta que excesso de álcool, cocaína, crack e cigarro impedem que órgãos como pulmão e coração possam ser transplantados.
Referência
Metade dos pacientes que aguardam um transplante estão na fila em São Paulo, estado que mais realiza o procedimento no Brasil.
No Hospital de Clínicas da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), por exemplo, houve em 2017 aumento de 39,6% no número de transplantes na comparação com 2016. Foram 490 transplantes de córnea, coração, medula óssea, rim e fígado contra 351 do ano anterior. Ano 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Ano 2015 2016 2017 Córnea 15.280 13.744 13.065 13.830 14.534 15.242 Córnea 4.749 4.776 Rim 5.431 5.464 5.661 5.589 5.514 5.929 Rim 2.011 2.066 2.108 Leve queda se deve à crise da Santa Casa, que está com dificuldades financeiras e captando menos córneas 1.602 1.725 1.757 1.809 1.882 2.109 650 617 686 228 271 311 353 357 380 Leve queda por dificuldade de realizar eletrocardiograma Queda é tendência mundial, porque tratamento com medicamentos tem sido eficiente e também porque esse transplante pode ser feito junto com rim