Covas adia a concessão do Pacaembu
A gestão Bruno Covas (PSDB) decidiu adiar em um mês o fim da licitação para concessão do estádio do Pacaembu para a iniciativa privada. A abertura dos envelopes com as propostas estava agendada para a próxima quarta-feira, mas foi adiada para 16 de agosto.
A prorrogação foi escolhida para que fossem incorporados apontamentos feitos pelo Tribunal de Contas do Município em nova versão do edital, publicada anteontem, e representa mais um obstáculo da gestão tucana no momento em que projetos do pacote de desestatização chegam na reta final.
Entre as principais mudanças presentes no novo edital estão o aumento do valor mínimo de outorga para R$ 37 milhões (no começo do ano, o valor era de R$ 12,4 mi; em maio, havia sido aumentado para R$ 36 mi) e a elaboração de um anexo que trata dos direitos e deveres dos usuários do estádio.
Ademais, o novo edital agora especifica que os contratos de prestação de serviços do concessionário serão exclusivos para o Pacaembu e não envolverão outros equipamentos da Secretaria de Esportes e Lazer.
Fica mantido o prazo de 35 anos de concessão e a projeção da prefeitura de R$ 500 milhões em ganhos para o município, incluindo outorga, investimentos e novos impostos.
Em 2017, segundo a gestão Covas, o estádio gerou gastos de R$ 8,3 milhões, contra uma receita de R$ 2,3 milhões. A empresa vencedora terá de fazer reformas no estádio, especialmente a mudança completa dos sistemas hidráulico e elétrico. Em 2017, o Pacaembu sofreu com constantes quedas de energia durante jogos de futebol, por exemplo.