Senadoras perdem espaço
Primeira senadora da história da Bahia, Lídice da Mata (PSB) vai se despedir do Senado em fevereiro de 2019 após um único mandato.
Assim como ela, outras quatro senadoras em fim de mandato podem ficar de fora da disputa pela reeleição no pleito de outubro.
Os motivos variam da pouca viabilidade eleitoral à falta de espaço na chapa majoritária dos grupos políticos que as elegeram.
Ao todo, 13 dos 81 senadores da atual legislatura são mulheres, sendo que oito encerrarão o mandato no início do próximo ano.
Destas, só três têm palanque garantido: Ana Amélia (PP-RS), Ângela Portela (PDTRR) e Marta Suplicy (MDB-SP).
Duas senadoras já desistiram da reeleição e outras três ainda brigam por espaço para entrar na disputa. Entre as desistências estão as de Lídice e Gleisi Hoffmann (PT-PR).
Lídice não disputará a reeleição após ter sido preterida pelo governador Rui Costa (PT), que atuou de forma mais pragmática na escolha dos companheiros de chapa.
“É lamentável que nem mesmo os segmentos progressistas tenham entendido o valor que é a presença das mulheres no Parlamento”, diz Lídice.
Rui Costa vai para a reeleição tendo o ex-governador Jaques Wagner (PT) e o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, Angelo Coronel (PSD), como candidatos ao Senado. Já Lídice será candidata a deputada federal.
Gleisi também deixará o Senado para ser candidata a deputada federal. No caso da presidente do PT, pesaram a avaliação de que haveria dificuldades para a reeleição e a estratégia do partido de eleger deputados para manter o tamanho da bancada a partir de 2019.