Com o caneco, Deschamps iguala Zagallo e Beckenbauer
Técnico francês é o terceiro profissional a conquistar a Copa como jogador e como treinador na história
Moscou Nas últimas semanas, Didier Deschamps, 49 anos, cansou de se esquivar das perguntas sobre a possibilidade de ser campeão como treinador e jogador. Ontem, não teve jeito.
Com o título, Deschamps igualou Zagallo e o alemão Beckenbauer, que venceram a competição dentro de campo e no banco de reservas.
“É um grande prazer entrar nesse grupo seleto. Tecnicamente, eles eram melhores do que eu. Jogavam de forma bonita, não como eu, mas também ganhei. Como técnico, seguimos os mesmos caminhos. Claro que é um orgulho pessoal, mas, honestamente, isso é algo secundário”, afirmou o treinador.
Deschamps fez parte da seleção francesa campeã do mundo há 20 anos. Capitão na final contra o Brasil, pela ausência de Laurent Blanc, ergueu a primeira taça da França em Copas.
O comandante foi abraçado pelos jogadores, que invadiram a entrevista coletiva, subiram na bancada e cantaram o nome do treinador. Ele ganhou um banho de cerveja, champanhe e isotônicos.
“Como vocês sabem, tenho um grupo muito jovem, mas a qualidade estava lá. Meu orgulho é como eles lidaram com a responsabilidade, nunca desistiram. Temos imperfeições, hoje [ontem] fizemos tudo certo, tivemos essas qualidades mentais que foram decisivas para esta Copa do Mundo”, afirmou.
Deschamps disse também que continuará como treinador da seleção. Para ele, a vitória por 4 a 3 sobre a Argentina foi essencial.
“Mudou uma série de coisas para nós. Nos deu mais confiança mental. Era uma grande seleção, com Messi, mas estávamos apenas qualificados para as quartas depois daquilo, e houve muita euforia”, completou.