Copa da Rússia
Decisões mudadas pelo árbitro de vídeo, gols contra, surpresas e decepções marcam o Mundial da Rússia
Muitos torceram o nariz para o Mundial da Rússia, enquanto outros a elevaram ao topo da Catedral de São Basílio. Mas, como as outras 20 edições, deixará sua marca.
A Copa de 2018 teve muitas surpresas, como a queda da Alemanha na primeira fase e a sensação Croácia batendo na trave. Pela primeira vez desde 1982, uma seleção africana ficou fora do matamata. Os craques Neymar e Messi decepcionaram e naufragaram com suas seleções, mas abriram espaço para que a geração belga, enfim, brilhasse, assim como os jovens campeões franceses.
Em campo, o VAR roubou a cena: foram 15 mudanças após 26 revisões, sendo 17 consultas do árbitro ao vídeo. As decisões foram aplaudidas e geraram protestos. Fora dele, Maradona, o Canarinho Pistola e até o “psicopata do hexa” deram o que falar. Com os atletas vigiados pelo vídeo, o Mundial teve só 27,1 faltas por jogo, em média, o menor número em 20 anos.
A Copa da Rússia também trouxe novos recordes. Os 29 pênaltis anotados superaram, de longe, a marca de 18. Apesar disso, os 48 gols anotados após bola parada representaram 28,4% do total de 169, marca inferior aos 62 de 1998. Os 12 gols contra, incluindo o de Mandzukic na final, também chamaram a atenção: foi o dobro de tentos em relação à França-98.
A Fifa elegeu o croata Modric o craque da Copa de 2018. O Agora optou por Mbappé, principal destaque do campeão, que levou dez votos. Dos brasileiros, apenas Thiago Silva figura na seleção da Copa, que tem amplo domínio francês (cinco).