Agora

Bicampeona­to da multirraci­al França!

- É jornalista, é ZL, equilibrad­o e pai do Basílio Twitter: @vitao_guedes Facebook: facebook.com/blogdovita­o

Fique de olho no apito, que o jogo é na raça e uma luta se ganha no grito, e se o juiz apelar, não deixe barato, ele é igual a você e não pode roubar... Alô, povão, agora é fé! A Copa do Mundo do VAR acabou com o tal do árbitro de vídeo, coqueluche dos fronhas pós-modernos, sendo usado sem qualquer critério, não acabando com as dúvidas e ajudando a decidir o Mundial em favor da França, a seleção mais tradiciona­l, rica e poderosa... Que, ajuda do apito à parte, fez por merecer o bicampeona­to.

A Croácia começou mais ligada. Mas, sabemos, em qualquer competição, mais ainda em uma Copa padrão Fifa, camisa pesa... E o apito (de carne e osso e o eletrônico), fez o serviço. Não é exagero dizer que a França não precisou fazer nada para sair à frente. Griezmann, o melhor da decisão, cavou uma falta à Neymar: o fogo amigo veio de Mandzukic, que, subiu mais que os avantes franceses e marcou contra.

O gol, fruto de uma falta inventada, no entanto, não abateu os croatas. Nem serviu para a França tomar conta do jogo... E Perisic, que foi decisivo na semifinal contra a Inglaterra, igualou de canhota, 1 a 1. A Croácia continuava melhor quando o VAR, desta vez, apareceu. E não para corrigir. O circo roubou a cena e a França teve confirmado o pênalti (penalidade?) que havia sido ignorado pelo árbitro Néstor Pitana. Resumo do primeiro tempo: o time que não jogou nada venceu por 2 a 1, com um gol irregular e outro em pênalti muito duvidoso. E que continua duvidoso com o moderninho VAR e tudo...

A Croácia sentiu e não repetiu o mesmo futebol da etapa inicial. Na França, Pogba e Mbappé, que estavam sumidos no duelo, apareceram em alto estilo para fazer companhia a Griezmann, já que o centroavan­te Giroud é café com leite e não conta... E quando a dupla apareceu não precisou nem de VAR. Mbappé fez jogadaça pela direita, Griezmann azeitou e Pobga, na segunda tentativa, venceu Subasic e definiu o título.

Àquela altura, com três prorrogaçõ­es no lombo, a Croácia, prejudicad­a no seu primeiro tempo, não tinha mais forças para correr atrás. Restava saber o placar final. Mbappé, pela ótima Copa, merecia registrar o seu nome na história e marcar na final. E Mandzukic, pelo Mundial que fez, não podia deixar a Copa marcado só pelo gol contra e aproveitou presente de Lloris: 4 a 2.

No final, venceu a melhor seleção da Copa. Parabéns, mestiça e multirraci­al França!

Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na banca!

 ?? Rebecca Blackwell/ap ?? Filho de senegalese­s, o lateral esquerdo Benjamin Mendy desliza pelo gramado encharcado do estádio Lujniki com a Copa do Mundo; uma seleção multirraci­al conquista o segundo título mundial para a França
Rebecca Blackwell/ap Filho de senegalese­s, o lateral esquerdo Benjamin Mendy desliza pelo gramado encharcado do estádio Lujniki com a Copa do Mundo; uma seleção multirraci­al conquista o segundo título mundial para a França
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