Festa em Paris termina com violência e saques
Milhares tomam as ruas da Cidade Luz para festejar bi, mas quebra-quebra gera correria e para metrô
Primeiro, a comemoração efusiva. Depois, muita destruição. É assim que pode ser resumida a festa do título mundial na França, sobretudo em Paris. Vinte anos após vencer o Brasil em 1998, a população novamente tomou a avenida Champs-élysées, apesar dos esforços de não haver aglomerações na cidade. “Allez, les bleus” (literalmente “vamos, os azuis”) foi o grito de ordem.
Para andar em Paris ontem, só a pé. Às 13h, o metrô foi fechado. Às 16h, toda a parte ao redor do rio Sena estava interrompida para automóveis. Meia hora após a conquista, a rua de Rivoli, que liga o Museu do Louvre à Champs-élysées, tinha milhares de pessoas.
“Eu sabia que a gente ia ganhar, só não sabia que seria tão elegante”, disse o empresário Louis Roux.
Foram montadas 230 Fan Fests na França. A maior delas estava localizada em frente à Torre Eiffel, com quatro telões gigantescos. Horas depois da conquista, a estimativa era de que um milhão de pessoas estivessem nas ruas parisienses.
Cerca de 110 mil policiais fizeram a segurança da cidade, mas mesmo esse contingente não foi capaz de evitar tumultos. Houve saques e depredações de lojas, o que provocou correria na Champs-élysées.
A festa pelo título virou confusão quando parte dos torcedores partiu para a violência, quebrando janelas e lojas para furtá-las. A polícia francesa usou bombas de gás lacrimogêneo a fim de dispersar a multidão e proteger as lojas depredadas.
Enquanto Paris vivia um clima tenso, torcedores franceses que estavam em São Paulo assistiram à final e comemoraram a conquista de forma tranquila em uma cervejaria da capital.