Pontos de descarte irregular de entulho já supera 2017
Após ligeira queda, acumulo de lixo nas ruas dispara nos primeiros 3 meses deste ano
O número de pontos de descarte irregular de entulho subiu na capital. Dados da Secretaria Municipal das Prefeituras Regionais, sob gestão de Bruno Covas (PSDB), mostram que, em 2017, eram 3.153 locais, mas nos três primeiros meses deste ano subiu para 3.196 pontos. Em 2016, foram 3.740.
A zeladoria da cidade foi uma das principais bandeiras desta gestão. O ex-prefeito João Doria (PSDB) até chamou a cidade de “lixo vivo”.
A reportagem esteve na rua dos Patriotas e na avenida Presidente Wilson, no Ipiranga (zona sul), e há pontos de descarte irregular em pelo menos três lugares de cada uma das vias, com restos de construção civil, madeiras e pedaços de árvores.
Separado por prefeitura regional, entre janeiro e março deste ano, o bairro com maior número de pontos irregulares na zona sul é Santo Amaro, com 206, e na zona leste é o Itaim Paulista, com 240. Na zona norte, a região de Pirituba/jaraguá está com 282, e na zona oeste é Pinheiros, com 64.
A prefeitura implementou o Controle de Transporte de Resíduos Eletrônico (CTR) no ano passado para fiscalizar os pontos de descarte irregular de entulho por meio de georreferenciamento. Hoje, 105.998 geradores de resíduos da construção civil e 1.414 transportadores estão cadastrados no sistema.
A Autoridade de Limpeza Urbana (Amlurb) disse que no primeiro semestre de 2017 foram aplicadas 490 multas por descarte irregular de entulho de até 50 quilos. Este ano, até o momento, foram 339. Nos casos acima de 50 quilos, foram aplicadas 11 multas no primeiro semestre de 2017 e 14 multas até julho deste ano.
O descarte irregular em vias públicas pode incidir em multa de R$ 790 (até 50 quilos) e R$ 15.520 (acima de 50 quilos), conforme a Lei de Limpeza Urbana. Há 100 ecopontos na capital e 1.500 PEVS (Pontos de Entrega Voluntária) para entulho.