Mulher morre após cirurgia estética em apartamento
Médico, que fugiu da polícia, já foi alvo de investigações e é conhecido por “Dr. Bumbum” nas redes
A Justiça do Rio decretou a prisão temporária do médico Denis Cesar Barros Furtado, responsável por um procedimento estético que resultou na morte da bancária Lilian Calixto, 46 anos. O caso é investigado pela Polícia Civil.
A paciente saiu de Cuiabá (MT), onde mora, para ser atendida no sábado em um apartamento na Barra da Tijuca, no Rio, prática condenada pelo Cremerj (Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro). Após a intervenção nos glúteos, a paciente passou por complicações e foi levada pelo próprio médico para o Hospital Barra D’or, onde chegou em estado extremamente grave.
De acordo com a unidade de saúde, Lilian morreu na madrugada de domingo. A suspeita é de que ela tenha sofrido embolia pulmonar.
O médico e a mãe dele, que teria participado do procedimento, estão foragidos. A namorada dele, Renata Fernandes, 20, que teria envolvimento no atendimento, prestou depoimento e teve a prisão temporária decretada.
De acordo a 16ª Delegacia de Polícia, o médico, a mãe dele, a técnica de enfermagem Rosilane Silva e a namorada foram indiciados por homicídio doloso (com intenção) duplamente qualificado e associação criminosa.
Na delegacia, a namorada do médico negou participação na cirurgia e alegou que trabalhava apenas como secretária. Denis Furtado tem registro em Goiás e em Brasília, e não poderia atuar profissionalmente no Rio sem autorização do Cremerj.
Titular da 16ª DP, a delegada Adriana Belém disse que o médico tem oito passagens criminais, uma delas por homicídio em 1997, além de porte ilegal de arma, crime contra administração pública, exercício arbitrário das próprias razões, ameaça, duas por resistência à prisão e violação de domicílio. Nas redes sociais, o médico é conhecido como “Doutor Bumbum” e tem quase 1 milhão de seguidores.
A defesa do médico afirmou ser “precoce” responsabilizá-lo pela morte da bancária. Em nota, a advogada Naiara Baldanza, que também representa a mãe de Furtado, afirmou que “ninguém é considerado culpado antes da sentença penal condenatória”.