Agora

Rescaldo da Copa

- Otavio Valle

A Copa do Mundo acabou. Com ela se foram o glamour e o brilho das estrelas mundiais. Nem esquecemos os emotivos discursos de Galvão, Casão e Arnaldo após a final, e voltamos à realidade ao melhor estilo: jogos decisivos de Copa do Brasil em plena segunda.

Não bastasse o estapafúrd­io calendário, a segundona de bola entre Bahia e Vasco foi premiada com uma bela ratazana desfilando no gramado de São Januário. Mas como o Vasco não conta em seu plantel com o glorioso Flávio Caça-rato, a bichona correu para os holofotes, e apareceu em todo o Brasil.

Mas a Copa do Mundo, que para mim foi a mais feia de toda a história, não era só glamour! Tivemos Giroud, o centroavan­te que não finalizou nem uma vez ao gol adversário, mas foi campeão. Não é que ele não marcou só um golzinho. Ele não teve categoria para acertar nenhuma bola dentro das balizas.

No domingo, estava aqui na redação do Agora, editando as fotos para nossa primeira página. O que mais vi foi o Giroud, como autêntico papagaio de pirata. Estava segurando a taça em todas as fotos! Incrível! Apareceu mais que Pogba, Griezmann e Mbappé. Na bola, ele não passa de um Deyverson que fala francês e inglês. Mas o cara é fera para sair em foto!

Ainda sobre a Copa, ontem, o analista de desempenho da seleção disse que a escalação da Bélgica surpreende­u a comissão técnica. Pra mim, o que surpreende­u mesmo foi o Tite mesmo não ser o Tite.

O chefe quis jogar com toquinho pra lá e pra cá, em vez de fazer seu famoso jogo de dar a bola ao adversário e contra-atacar. Foi o que a França fez, e levou o caneco. O Tite já fazia o tal futebol moderno, mas abriu mão do estilo que fez seu nome no Corinthian­s.

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