Ex-policial suspeito usará amigos em bar como álibi
Rio de Janeiro Advogados do ex-policial militar Alan Nogueira, preso na terça-feira e apontado como suspeito de envolvimento nos assassinatos da vereadora Marielle Franco (PSOL) e seu motorista Anderson Gomes, dizem que testemunhas em um bar devem basear um álibi para ele.
Na versão da defesa, amigos do suspeito poderiam comprovar que Nogueira estava na zona norte do Rio de Janeiro quando a parlamentar foi morta no centro da cidade em 14 de março. “Tem testemunhas oculares que estavam presentes com ele na data no estabelecimento, a princípio seria um bar na zona norte do Rio e ainda estamos aguardando mais informações para esclarecer isso dentro do processo”, disse o advogado Rafael Rangel.
Ele defende que não seria possível que Nogueira estivesse no bar e na cena crime ao mesmo tempo. Rangel disse que não sabe exatamente a que horas o seu cliente chegou e quanto tempo ficou no bar. Marielle e Anderson foram mortos por volta de 21h30, quando veículos com pistoleiros emparelharam e dispararam contra o carro em que estavam.
Nogueira e o ex-bombeiro Luiz Claudio Ferreira Barbosa, também detido na terça-feira, são considerados pela Polícia Civil suspeitos do assassinato de Marielle. Segundo o delegado Willians Batista, eles são integrantes, “de maneira estável e permanente” de uma milícia que atua na zona oeste carioca.
Nogueira e Barbosa foram presos por outro crime, ocorrido em fevereiro de 2017 —os assassinatos de José Ricardo da Silva e Ricardo Severo, também integrantes da milícia. A polícia chegou até eles em razão do depoimento de uma testemunha chave, que teria pertencido a uma das milícias. Essa testemunha disse que os dois também estariam envolvidos no assassinato de Marielle.