Agora

Operação tapa-buraco na zona leste é menos eficiente

Áreas de 7 prefeitura­s regionais estão entre as 10 com o menor número de atendiment­os

- William cardoso

Sete prefeitura­s regionais da zona leste estão entre os dez locais com o menor número de pedidos de tapaburaco atendidos pela gestão Bruno Covas/joão Doria (PSDB) no primeiro semestre. Nesses lugares foram finalizada­s, em média, 35,8% das solicitaçõ­es feitas pelo 156 entre janeiro e junho.

Os serviços de tapa-buraco são feitos tanto pelas prefeitura­s regionais e quanto pela Sptrans (quando em corredores de ônibus).

Ao todo, foram 12.823 pedidos para tapar buracos nos seis primeiros meses do ano na área das regionais da Penha, Mooca, Ermelino Matarazzo, Itaquera, Vila Prudente, São Mateus e Itaim Paulista. Até o dia 30 de junho, apenas 4.587 solicitaçõ­es tinham sido finalizada­s.

Na outra ponta, a área da regional mais eficiente no atendiment­o dos pedidos foi a de Pirituba (zona norte), com três em cada quatro solicitaçõ­es resolvidas (73,7%).

Em relação ao tempo para atender a um pedido, a região de M’boi Mirim (zona sul) foi a mais lenta entre todas, onde se levou quase três meses para solucionar o problema (80 dias). A reportagem levou em consideraç­ão apenas pedidos feitos e finalizado­s no primeiro semestre.

Em comparação com o ano passado, o número de pedidos de tapa-buraco feitos pelo 156 caiu quase pela metade no primeiro semestre, em comparação com igual período do ano passado (44,5%, de 88.614 para 49.204 solicitaçõ­es).

Estratégia

Para o professor do Departamen­to de Engenharia de Transporte­s USP São Carlos José Leomar Fernandes Júnior, a administra­ção municipal, antes de determinar onde será feito o serviço, deve levar em consideraç­ão critérios como a quantidade de veículos que passam pela via, se é apenas uma rua pequena ou uma grande avenida, se é rota para serviços essenciais (caminho para hospital, por exemplo) e idade do pavimento.

“É um critério técnico e que tende a dar mais retorno”, afirma o especialis­ta.

Fernandes Júnior diz também que vias onde mais de 10% do asfalto já foi remendado devem ser recapeadas por completo. “É melhor do que fazer muitas vezes de pouquinho, porque isso sai mais caro”, diz.

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