Agora

Filho afirma à polícia que vozes o fizeram matar pai

Comerciant­e foi preso ontem pela PM; na noite de sábado, ele assassinou o idoso a facadas e fugiu

- Alfredo henrique

O comerciant­e Ricardo Antônio Novaes Carmona, 42 anos, afirmou que “vozes muito fortes em sua cabeça” fizeram com que matasse o próprio pai, o comerciant­e Oswaldo Carmona, 76, na noite de sábado na Vila Nova Conceição (zona sul).

Ricardo estava foragido desde o dia do crime e foi preso ontem pela PM, quando trafegava com o carro do pai, um Cruze prata, pela rua Professor Artur Ramos, no Itaim Bibi (zona oeste).

Após ser preso, o acusado admitiu ter matado o pai, que estava sentado no sofá, “com muitas facadas”. Ele pegou a faca usada no crime na cozinha do apartament­o de alto padrão onde morava com a vítima e com a mãe.

“Disse o indiciado em alto e bom som que sabia que ao pegar uma faca e desferi-la em seu pai tratava-se de um crime”, afirma trecho de documento da Polícia Civil.

Ricardo acrescento­u que, após o assassinat­o, pegou dinheiro no bolso da vítima e o carro do pai. Segundo contou para a polícia, foi “descansar” em dois motéis, que não soube informar os endereços, entre a madrugada e às 8h de domingo.

Na sequência, viajou para Mongaguá (89 km de SP), cidade do litoral em que “circulou” com o carro do pai, voltando horas depois para São Paulo.

Na capital, Ricardo afirmou que pretendia ir até um campo de futebol no Itaim Bibi (zona oeste), quando foi localizado e abordado pela polícia. A PM informou que o suspeito tentou fugir depois da abordagem.

Problemas psiquiátri­cos

Após ser preso, Ricardo afirmou que toma três remédios para controlar problemas psiquiátri­cos.

Em nota, a família da vítima e do acusado afirmou que Ricardo foi diagnostic­ado há 10 anos com esquizofre­nia. “Não cabe a nós julgar alguém que sofre de transtorno­s mentais. Estaremos unidos para seguir com o tratamento, da forma como sempre fizemos”, diz trecho.

O Tribunal de Justiça confirmou que o Tribunal do Júri decretou a prisão temporária do acusado, mas sem informar se de cinco ou 30 dias.

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Reprodução O comerciant­e Ricardo Antônio Novaes Carmona, 42 anos, ao ser preso ontem pela PM; ele disse que toma remédios para controlar problemas psiquiátri­cos
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