Disputa paulista
A pesquisa Datafolha sobre a disputa pelo governo paulista mostra, nas melhores colocações, dois candidatos que vêm do meio empresarial e têm pouca ou nenhuma experiência no setor público.
O ex-prefeito de São Paulo João Doria (PSDB) aparece em primeiro, com 25% das intenções de voto, seguido por Paulo Skaf (MDB), presidente licenciado da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), com 20%.
O tucano, que vive num morde e assopra com seu padrinho político original, o ex-governador Geraldo Alckmin, abandonou o mandato municipal após pouco mais de um ano. Na prefeitura, tratou de aparecer muito na imprensa e sonhou com outros cargos.
Por um período, chegou a desafiar Alckmin na disputa pela candidatura do PSDB à Presidência. Mas a sua gestão breve acabou perdendo o apoio de grande parte dos paulistanos.
Skaf, o principal oponente, vive há anos à frente da entidade empresarial, usando essa estrutura para se projetar na política.
Já se lançou ao governo do estado em 2010 e 2014. Derrotado, fez campanhas pela redução de impostos e pelo impeachment de Dilma Rousseff (PT).
Os outros candidatos vão mal das pernas, incluindo o governador Márcio França (PSB), que tem só 4% das preferências.
Nessa pasmaceira, 37% dos eleitores se declaram sem candidato: 26% querem votar em branco ou nulo, e 11% estão indecisos.
O quadro pode mudar, claro, com o início da propaganda de TV. Resta esperar que os candidatos aproveitem a oportunidade para propostas mais concretas. Grupo Folha