Provas em Barretos são vigiadas por protetores
Barretos Com premiação milionária, a Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos (423 km de SP) começa hoje a versão internacional de seu rodeio sob os olhares atentos de protetores animais.
As entidades de proteção animal, porém, consideram que todas as provas são torturantes, principalmente as montarias em touros por utilizarem o sedém cinta que passa pela virilha do animal e o faz pular. “Eles se apavoram com isso. Não é o estado natural dos animais”, disse a ativista Claudia Carli, fundadora e diretora da ONG Amor de Bicho Não Tem Preço, que atua na região de Campinas.
Marcos Abud, diretor de rodeios, disse que “está comprovado” que o sedém não aperta testículos do animal. “O pulo se dá pois o animal de rodeio nasce com tendência para tal comportamento.”
Duas provas polêmicas na última década no mundo dos rodeios seguem banidas da festa de Barretos. A bulldog, em que o peão deve imobilizar o pescoço do bezerro no menor tempo possível, deixou de ser realizada a partir de 2012 na cidade, após a morte de um animal no ano anterior. A organização considerou uma fatalidade.
Já a prova do laço — que consiste em o peão laçar o pescoço do bezerro também no menor tempo— já tinha sido proibida pela Justiça local em 2006, após ação do Ministério Público estadual.
Desde então, Barretos se comprometeu a fazer estudos sobre como realizar a prova sem implicar em danos aos bichos. A invenção de redutor de impacto para o pescoço do animal não vingou.