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Provas em Barretos são vigiadas por protetores

- (FSP)

Barretos Com premiação milionária, a Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos (423 km de SP) começa hoje a versão internacio­nal de seu rodeio sob os olhares atentos de protetores animais.

As entidades de proteção animal, porém, consideram que todas as provas são torturante­s, principalm­ente as montarias em touros por utilizarem o sedém cinta que passa pela virilha do animal e o faz pular. “Eles se apavoram com isso. Não é o estado natural dos animais”, disse a ativista Claudia Carli, fundadora e diretora da ONG Amor de Bicho Não Tem Preço, que atua na região de Campinas.

Marcos Abud, diretor de rodeios, disse que “está comprovado” que o sedém não aperta testículos do animal. “O pulo se dá pois o animal de rodeio nasce com tendência para tal comportame­nto.”

Duas provas polêmicas na última década no mundo dos rodeios seguem banidas da festa de Barretos. A bulldog, em que o peão deve imobilizar o pescoço do bezerro no menor tempo possível, deixou de ser realizada a partir de 2012 na cidade, após a morte de um animal no ano anterior. A organizaçã­o considerou uma fatalidade.

Já a prova do laço — que consiste em o peão laçar o pescoço do bezerro também no menor tempo— já tinha sido proibida pela Justiça local em 2006, após ação do Ministério Público estadual.

Desde então, Barretos se compromete­u a fazer estudos sobre como realizar a prova sem implicar em danos aos bichos. A invenção de redutor de impacto para o pescoço do animal não vingou.

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Joel Silva/folhapress - 18.ago.2018 Peão monta em touro e é observado por público dentro da arena de rodeio na Festa de Barretos

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