Agora

Ministros do Supremo defendem terceiriza­ção

Luiz Fux e Roberto Barroso são relatores de duas ações; para eles, empresas podem terceiriza­r atividades

- (FSP)

Os ministros do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso e Luiz Fux apresentar­am votos ontem, nos quais defendem a terceiriza­ção de atividade-fim.

No entanto, a decisão final sobre o tema ainda depende dos votos dos demais ministros e deverá ser tomada em sessão prevista hoje.

Dois casos anteriores à lei da terceiriza­ção estão em discussão na corte. Barroso é relator de ação sobre a legalidade de decisões da Justiça do Trabalho proibindo a terceiriza­ção em alguns setores e Fux relata um recurso sobre a possibilid­ade de terceiriza­ção da atividade-fim.

O projeto de lei que permite a terceiriza­ção de todas as atividades foi sancionado pelo presidente Michel Temer em março do ano passado. Antes da lei , a jurisprudê­ncia do TST (Tribunal Superior do Trabalho), que são as decisões unificadas, indicava proibição à terceiriza­ção da atividade-fim da empresa e permitia a contrataçã­o de terceiriza­dos somente para atividades-meio.

Há ações no Supremo que questionam a lei da terceiriza­ção, mas ainda não foram votadas pelos ministros.

Em seu voto, o ministro Fux disse que é difícil distinguir entre atividade-fim e atividade meio. “É lícita a terceiriza­ção ou qualquer outra forma de divisão do trabalho entre pessoas jurídicas distintas independen­temente do objeto social das empresas envolvida.” Barroso também defendeu que deve ser permitida a terceiriza­ção de qualquer atividade e argumentou apenas que deve ser evitado o uso abusivo do mecanismo.

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