Suíça decide enviar dados bancários de Paulo Preto
O Ministério Público da Confederação suíça decidiu enviar para as autoridades brasileiras detalhes sobre as quatro contas que o ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, manteve no país.
Com essa documentação, equivalente a uma quebra de sigilo bancário no Brasil, será possível saber quem fez depósitos e quem recebeu recursos de Paulo Preto.
O saldo das contas do exdiretor da Dersa era de 35 milhões de francos suíços quando ele decidiu transferir os recursos para Bahamas, no Caribe, no início de 2017.
O montante corresponde atualmente a R$ 144,3 milhões. O valor assustou até políticos tucanos que conheciam o papel de Paulo nas campanhas tucanas.
O engenheiro, que dirigiu a área de engenharia da Dersa entre 2007 e 2010, quando o governo paulista fez grandes obras como o Rodoanel e a reforma da Marginal Tietê, é apontado como operador de recursos ilegais do PSDB pelo Ministério Público. Seus advogados negam.
A defesa do ex-diretor da Dersa confirmou para a reportagem que ele já contratou advogados na Suíça para evitar que a documentação seja remetida ao país por falhas formais e de mérito no processo de cooperação internacional entre os dois países.