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Possível irregulari­dade de Sánchez põe Peixe em alerta

Se a entidade decidir que o Santos errou, o time argentino será declarado vencedor da partida, por 3 a 0

- (FSP)

A Conmebol investiga se o volante uruguaio foi escalado de forma irregular na partida contra o Independie­nte (ARG), anteontem, na apresentaç­ão de ida pelas oitavas de final da Taça Libertador­es.

O clube argentino alega que Carlos Sánchez não poderia atuar porque não cumpriu pena que lhe foi imposta quando era jogador do River Plate (ARG), em 2015. Na semifinal da Copa Sul-americana daquela temporada, o jogador foi expulso por ter agredido um gandula.

“O atleta foi escalado porque foi liberado pelo sistema da Conmebol. Quando recebermos a notificaçã­o, vamos apresentar defesa. Carlos Sánchez estava liberado pela Conmebol desde 24 de maio de 2018”, disse o gerente jurídico do Peixe, Rodrigo Gama Monteiro.

A explicação santista encontrou descrédito na Conmebol (leia ao lado).

O Santos rebate com o argumento de que a punição do atleta aparecia, sim, no sistema da entidade, sem qualquer impediment­o à escalação dele na Libertador­es.

Se o tribunal da confederaç­ão decidir que Sánchez estava suspenso, o Independie­nte será declarado vencedor por 3 a 0 do confronto que, em campo, terminou empatado em 0 a 0. Isso obrigaria o Santos a ganhar por quatro gols de diferença na partida de volta, terçafeira, no Pacaembu.

O Santos lembrou que em 2016 a Conmebol anistiou as penas dos jogadores. Segundo a entidade, o perdão era de 50% dos jogos. Sánchez foi punido com três partidas.

A Conmebol pretende decidir até o final desta semana, porque os times precisam saber o que devem fazer para obterem a vaga.

Neste ano, já aconteceu caso semelhante na Copa Sul-americana. O Deportes Temuco (CHI) venceu as duas partidas contra o San Lorenzo mas foi eliminado por ter escalado de forma irregular o goleiro Jonathan Requena.

O Santos teme a força política do Independie­nte. Claudio Tapia, presidente da AFA (Associação de Futebol Argentino), é também vicepresid­ente da Conmebol. Ele é genro de Hugo Moyano, mandatário do adversário.

“A decisão política sempre vai existir. O Santos tem força e vamos aos tribunais, se for o caso. Se [o sistema] está zerado, não foi falha nossa. Temos o registro. Está comprovado. Seguimos o padrão técnico do registro de jogadores. [Na próxima semana] Um a zero basta, se Deus quiser. Se pudermos botar uns quatro, acaba a brincadeir­a”, disse o presidente José Carlos Peres.

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Marcos Brindicci - 21.ago.18/reuters O volante Carlos Sánchez sofre falta na partida contra o Independie­nte

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