Tecnologias são usadas contra incêndio
Transtornos na obra, longa captação de recursos e definição de nova finalidade. Essas devem ser etapas da reconstrução do Museu Nacional se forem repetidas as experiências de outras instituições culturais e de pesquisa que sofreram com graves incêndios na última década.
O Museu da Língua Portuguesa, o Instituto Butantan e o Auditório Simón Bolívar, do Memorial da América Latina, são alguns dos locais danificados pelo fogo no período e cujas reconstruções somam mais de R$ 220 milhões. Todos dizem que aperfeiçoaram a tecnologia e procedimentos de prevenção e combate a tragédias similares.
Destruído por um incêndio na manhã de um domingo de 2008, o teatro Cultura Artística, no centro de São Paulo, foi o último palco do ator Paulo Autran e de outros grandes nomes do teatro nacional. Dez anos depois, a fundação que toma conta do teatro, a Sociedade Cultura Artística, ainda capta dinheiro para tocar a reconstrução com orçamento previsto em R$ 100 milhões. Os primeiros R$ 10 milhões saíram do caixa da fundação e do seguro.
A partir de 2009, começaram a entrar os outros R$ 30 milhões, pela Lei Rouanet. Até agora, esses recursos conseguem bancar a reconstrução (concluída) do painel de Di Cavalcanti na fachada do teatro, as fundações, a estrutura e as vedações do prédio. Para a construção dos espaços internos, poltronas, palcos e outros equipamentos, serão exigidos R$ 60 milhões, ainda não captados.
Em dezembro de 2015, foi a vez do Museu da Língua Portuguesa ser consumido pelo fogo. A reconstrução começou pela limpeza, reconstrução das fachadas e da cobertura de madeira. Resta agora fazer a parte interna do museu e instalar os aparelhos e painéis interativos da exposição. O projeto deve custar R$ 77,5 milhões.
Outros incêndios na capital foram no Instituto Butantan, em 2010, na Cinemateca Brasileira após um incêndio em 2016.