Indústria em SP fecha 2.500 vagas em agosto

Setor já não espera mais recuperação; capital e ABC mantêm níveis positivos, mas ainda muito baixos

A indústria paulista segue fechando postos de trabalho. Em agosto, 2.500 vagas foram encerradas.

O resultado desanima o setor, que não vê espaço para retomada. “A nossa previsão é encerrar o ano com emprego negativo na indústria paulista. Esse cenário começou a ganhar força com a greve dos caminhoneiros, a indefinição política e a preocupação com o ambiente de negócios internacional, que tem causado o afastamento dos investimentos”, diz José Ricardo Roriz Coelho, presidente em exercício da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).

No capital, o setor de produtos alimentícios foi o que teve o melhor resultado, com uma variação positiva de 5,19% no mês passado.

Esse segmento também teve bom desempenho na Grande SP (2,99%) e na região conhecida como ABCD (0,83%). Em Santo André, a alta foi de 10,69%.

No ABCD, o destaque fica ainda com o setor de produtos de madeira, em que o nível de emprego em agosto avançou 37,50%.

De acordo com a Fiesp, no período de 12 meses, a capital acumula uma queda de 4,45%, e o ABCD, de 0,36%. Na Grande São Paulo, o nível de emprego está negativo em 1,93%.

Em todo o estado, a maioria dos cortes está no setor ligado a vestuário.

A indústria têxtil encerrou 1.040 contratos, e a de calçados e artigos de couro, 955. Na região de Franca, polo de produção de calçados, o setor de couro encolheu 4,26% a oferta de emprego. Em Jaú, foi de 1,41%.