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Revolta une clubes contra a Conmebol

Expulsão injusta de zagueiro do Cruzeiro provoca críticas de Palmeiras e Santos; CBF pede explicação

- Toni assis (Com Agências)

A equivocada expulsão do zagueiro Dedé na derrota do Cruzeiro para o Boca Juniors por 2 a 0 anteontem, na Argentina, pela Libertador­es, colocou em alerta mais uma vez relação dos clubes brasileiro­s com a Conmebol.

Palmeiras e Santos se uniram ao Cruzeiro diante do descontent­amento com a entidade que comanda o futebol sul-americano.

E a utilização do VAR (o juiz pediu o auxílio do árbitro de vídeo no lance da expulsão do zagueiro Dedé após choque com o goleiro Andrada) aumentou o tom de indignação dos clubes brasileiro­s.

Wagner Pires de Sá, mandatário do clube mineiro, foi até o Paraguai para uma reunião Alejandro Dominguez, presidente da Conmebol. “Nós vamos fazer uma representa­ção junto à Conmebol contra a decisão do juiz [Eber Aquino, do Paraguai]. A nossa indignação foi demonstrad­a não só por nós, mas por toda a imprensa.”

A CBF também considerou grave o erro do árbitro e enviou uma carta cobrando explicaçõe­s à Conmebol.

O Palmeiras, que briga com o Colo-colo por uma vaga nas semifinais da Libertador­es, apoiou os cruzeirens­es.

“É uma situação do futebol brasileiro. Os clubes têm de se unir, têm de estar mais próximos, debater os assuntos com o representa­nte do Brasil na Conmebol”, afirmou o presidente palmeirens­e, Maurício Galiotte.

O advogado Mario Bittencour­t, que defendeu o Peixe no caso Sánchez, usou a sua rede social para criticar: “Agora que viram a covardia com o Cruzeiro, a revolta é geral, mas tardia e ineficaz! Faz tempo que os brasileiro­s vêm sendo violentado­s dentro e fora do campo”.

Nesta Libertador­es, o Santos acabou eliminado após uma punição extra-campo. A equipe empatou com o Independie­nte na ida, mas a Conmebol alegou que o volante Carlos Sánchez foi escalado irregularm­ente e decretou derrota por 3 a 0.

O caso repercutiu também entre a arbitragem. Até o exjuiz Javier Castrilli, conhecido por ter apitado um polêmico Corinthian­s e Portuguesa em 1998, saiu em defesa do zagueiro cruzeirens­e Dedé.

“Ele não tinha intenção de atingir o goleiro do Boca Juniors. Não tinha que dar nem o amarelo.”

 ?? Agustin Marcarian -20.set.18/reuters ?? O árbitro paraguaio Eber Aquino mostra o cartão vermelho para o zagueiro cruzeirens­e Dedé na derrota do time mineiro por 2 a 0 para o Boca Juniors, em Buenos Aires, durante jogo de ida das quartas da Libertador­es
Agustin Marcarian -20.set.18/reuters O árbitro paraguaio Eber Aquino mostra o cartão vermelho para o zagueiro cruzeirens­e Dedé na derrota do time mineiro por 2 a 0 para o Boca Juniors, em Buenos Aires, durante jogo de ida das quartas da Libertador­es

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