Agora

Na linha do horizonte

- Claudinei Queiroz

A primeira fase do Campeonato Mundial masculino de vôlei chegou ao fim com a seleção brasileira mostrando que, apesar dos desfalques dos seus principais ponteiros, ainda tem força para brigar pelo tetracampe­onato. Alternando apresentaç­ões consistent­es com outras nem tanto, a equipe do técnico Renan Dal Zotto venceu quatro jogos (França, Canadá, Egito e China) e perdeu apenas para a surpreende­nte Holanda, segunda na chave.

A liderança do grupo colocou no caminho do Brasil na segunda fase rivais sem grande tradição na modalidade: Austrália, Bélgica e Eslovênia.

Mas a boa notícia é que os altos e baixos mostraram que a seleção ainda pode melhorar muito no decorrer do torneio. Nas estatístic­as individuai­s do Mundial, apenas o oposto Wallace se destaca, liderando o ranking de maiores pontuadore­s, com 87 pontos, além de ser o sétimo melhor atacante.

No bloqueio, por outro lado, a equipe ainda está devendo. Apenas no duelo contra a França é que o fundamento fez a diferença, com 18 pontos. Nos demais, os rivais sempre foram melhores. Os centrais Maurício Souza e Lucão marcaram apenas 8 e 7 pontos, respectiva­mente, no bloqueio. Enquanto isso, o líder da estatístic­a, o belga Van De Voorde, anotou 21!

No entanto, apesar de os números dos jogadores serem um bom indício do desempenho individual, o coletivo é a maior aposta de Renan. Para que o time canarinho adquira o ritmo para os grandes jogos, que chegarão a partir da terceira fase, é necessário um ajuste no saque. Se este fundamento funcionar a contento, o bloqueio passa a pontuar mais, a defesa pega mais bolas e o levantador Bruninho consegue variar as jogadas para os atacantes fazerem sua parte. Aí, sim, o tetra estará mais visível no horizonte.

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