PM é baleado com própria arma após briga de trânsito
Policial foi rendido por cinco homens, um deles tomou o revólver e atirou. Seu estado é grave
O policial militar Robson dos Santos Gomes, 36 anos, que estava de folga, foi baleado com a própria arma, após uma discussão de trânsito, por volta das 23h30 de anteontem em Franco da Rocha (Grande SP). Cinco criminosos foram presos, incluindo o que atirou contra o pescoço do soldado.
Segundo a PM, o policial foi submetido a uma cirurgia para a retirada do projétil no Hospital de Franco da Rocha. Seu estado de saúde, apesar de grave, é “estável”.
Imagens de câmeras de monitoramento mostram o momento em que o carro do policial, um Ford K, cruza com o veículo dos suspeitos, um Honda Civic preto, que seguia na contramão.
O soldado sai do carro e vai de encontro ao Civic, do qual saem quatro homens, visivelmente embriagados. O quinto fica ao volante.
O PM saca sua pistola calibre ponto 40 e a mantém na mão direita, enquanto empurra os criminosos com a mão esquerda, retornando para o banco do motorista de seu veículo.
Ele é desarmado, sai do carro, é ferido com quatro coronhadas e tenta sair de perto do bando, enquanto é segurado, pela cintura, por um dos suspeitos.
Caminha alguns passos, quando é atingido por um único disparo no pescoço. O bando, em seguida, sai do local andando calmamente.
O carro dos suspeitos foi encontrado em Francisco Morato (Grande SP).
Segundo o sargento Geraldo Costa, um homem de 36 anos, que atirou contra o soldado, e outro suspeito, de 27, foram presos, na madrugada de ontem, na rodoviária de Franco da Rocha. “Antes de irem para lá, comemoravam em um bar a morte do soldado, pois não sabiam que sobreviveu”, afirmou Costa. Outros três criminosos foram detidos em Francisco Morato. O atirador tem passagem por homicídio. A arma do PM foi recuperada.
O coronel da reserva da PM de São Paulo e ex-secretário Nacional de Segurança Pública, José Vicente da Silva, afirmou “não ser feio” policiais fugirem em situações de risco. “Mas, como ele [PM] sacou a arma e estava em perigo, deveria ter atirado, para não ser desarmado.”