Técnicos experientes roubam a cena
Com 25 trocas de técnicos até agora, o Campeonato Brasileiro, que começou com a média de idade mais baixa entre os treinadores nesta década, mostra que a aposta por novatos no banco de reservas foi uma iniciativa apenas imediata.
Sete meses após o início da competição, os clubes atenderam à pressão de torcedores por profissionais mais experientes, que chegam com a expectativa de mexer com o emocional dos atletas para tentar salvar a temporada.
Com as mudanças, a média de idade dos treinadores aumentou em quase 3,5 anos. De 48,25 na primeira rodada para 51,6 na 32ª, que começa hoje. O número é impulsionado pela chegada de alguns velhos conhecidos do mercado, entre eles quatro nomes com mais de 60 anos.
O último a aderir à prática foi o Atlético-mg, que dispensou Thiago Larghi, 38 anos, segundo mais jovem no início do torneio (atrás apenas de Maurício Barbieri, ex-flamengo), e contratou Levir Culpi, 65 anos, que dirige o time pela quinta vez.
“Entendemos que a troca era necessária porque acreditávamos que era o momento de um ‘sprint’ emocional, já que o time tinha dado uma estagnada. Ele [Levir] é experiente para esses momentos importantes, em que o emocional é até mais válido do que a capacitação técnica e tática”, disse Alexandre Gallo, que exercia o cargo de diretor de futebol do clube até a última terçafeira, quando foi demitido.
A estratégia do clube mineiro ainda não vingou. O novo treinador coleciona duas derrotas pelo alvinegro de Belo Horizonte.
Além de Larghi, Maurício Barbieri (37), Jair Ventura (39), Roger Machado (43) e Fernando Diniz (44) foram outros treinadores da turma dos mais jovens demitidos durante o torneio. Dos que começaram o campeonato, apenas Odair Hellmann (41), Alberto Valentim (43) e Ventura estão empregados.
Destes, Hellmann é o único que continua no mesmo clube. Ele dirige o Internacional, terceiro colocado.