Oposição tenta se reinventar no Congresso
Com cerca de 150 deputados, a oposição apostará em táticas de obstrução, aliadas a protestos de movimentos sociais, para tentar travar a pauta conservadora.
Segundo o líder do PT, Paulo Pimenta (RS), a decisão de como agir é tomada dia a dia. “No caso do Escola Sem Partido, era importante dar presença para fazer cair a sessão da comissão. Em outros, evitamos dar quorum.”
O chamado “kit obstrução” é amparado pelo regimento da Câmara e consiste em manobras para segurar votações. Além do PT, o PSOL também é favorável à tática. Ambos os partidos defendem a formação de uma “frente ampla” contra Bolsonaro. “Temos disposição de construir unidade para defender direitos”, diz o presidente do PSOL, Juliano Medeiros.
O partido, que costuma trabalhar solo na Casa, às vezes em oposição até a outros do mesmo campo ideológico, diz que estaria disposto a agir em conjunto com figuras e parlamentares de fora da esquerda contrários à agenda de Bolsonaro.
De outro lado, porém, um bloco que se forma entre PDT, PSB e PC do B pode atrapalhar a estratégia.
Em entrevista após a primeira reunião das siglas, na terça, o líder do PDT, André Figueiredo (CE), disse que os partidos querem fazer “oposição propositiva” e que não irão “obstruir por obstruir”, afirmou.