Agora

Na pressão

- Otavio Valle Otavio Valle é editor de Fotografia do Agora

Em agosto do ano passado, o atacante Neymar foi vendido ao PSG por 222 milhões de euros. Hoje, a quantia recebida pelo Barcelona representa R$ 952 milhões. Além da cifra quase bilionária, o que moveu Neymar, segundo entrevista­s à época, foi a oportunida­de alcançar o tão almejado galardão de melhor jogador do mundo. Além disso, prevaleceu a vontade de ser o protagonis­ta em seu clube, isto é, ter um time para chamar de seu.

Mas de lá pra cá, os resultados não foram tão positivos assim. A despeito de Neymar ser o principal nome do PSG na conquista do patético Campeonato Francês, o melhor jogador brasileiro teve de dividir holofotes com Cavani e ainda assistir o jovem companheir­o Mbappé ser um dos melhores jogadores da Copa da Rússia, senão o melhor. E, na hora de a onça beber água, quis o destino que, infelizmen­te, Neymar tivesse uma séria lesão. Uma fissura no quinto metatarso do pé direito tirou o craque do jogo decisivo contra o Real Madrid pela última Liga dos Campeões.

Pura conjectura minha, mas será que Neymar se arrepende de ter saído do Barcelona? Não estaria o brasileiro mais próximo de seus sonhos se permaneces­se na Catalunha?

Na última —e também na atual temporada—, vimos um Messi “mais velho”, atuando por menos tempo, nitidament­e preservand­o sua condição física, sem o gás de outrora. Não seria difícil imaginar Neymar ampliando o protagonis­mo na equipe culé.

O empate contra o Napoli, na noite de ontem, bota pressão no PSG, apenas terceiro colocado em seu grupo. Vencer a Liga dos Campeões é peça fundamenta­l no quebra-cabeças de Neymar para alcançar não só o título de melhor jogador do mundo, mas também para justificar os 222 milhões de euros investidos nele. Porém, o brasileiro precisa mostrar mais bola para que isso aconteça.

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