Hospital veterinário público reduz atendimento na capital
Unidades no Tatuapé e Tucuruvi ainda não sabem se contrato com a prefeitura vai ser renovado
Os dois hospitais públicos veterinários da cidade de São Paulo reduziram o atendimento por causa da incerteza sobre o contrato firmado com a Secretaria Municipal da Saúde, da gestão Bruno Covas (PSDB). O acordo vence em 31 de dezembro.
De até 700 atendimentos diários que faziam nos dois locais, esse número caiu para cem desde o final de outubro, segundo a Anclivepa (Associação Nacional dos Clínicos Veterinários de Pequenos Animais). A entidade é responsável pela gestão das unidades localizadas no Tatuapé (zona leste) e Tucuruvi (zona norte).
“Como não houve sinalização da secretaria sobre a situação do contrato, o atendimento foi adequado a somente o que prevê o acordo. Nós sempre fizemos mais do que o combinado”, afirma o veterinário Luiz Wilson de Oliveira, diretor da unidade localizada no Tatuapé.
De uma média de 500 atendimentos diários, o hospital da zona leste passou para 70. Na zona norte, o serviço reduziu de 200 para 30 por dia.
O contrato é de R$ 900 mil mensais. A Anclivepa alega que os gastos superam R$ 1 milhão e sempre há déficit. “Fomos obrigados a nos adequar ao que o orçamento nos permite”, diz Sérgio Rocha, gerente administrativo da associação.
Rocha conta que houve indicação da secretaria para uma prorrogação emergencial de seis meses do contrato, enquanto não sai nova licitação. “Não sabemos como será o novo edital”, afirma.