Pagando pau para quem não é paga-pau colonizado
Cada um no seu cada um e deixa o cada um dos outros... Alô, povão, agora é fé! No fechamento da quarta rodada da fase de grupos da Liga dos Campeões da Europa, potências mundiais como Real Madrid, Manchester City e Bayern de Munique atropelaram rivais modestos e se qualificaram para os mata-matas, mas deixemos os jogos, os gols, os craques e falemos da alma do campeonato.
O certame, o mais visto e reverenciado em todo o planeta bola, tem personalidade própria: a entrada dos times juntos em campo, o hino da competição, a metragem dos gramados, a uniformização dos critérios da (péssima) arbitragem...
Nada contra a Liga dos Campeões! Aliás, tudo a favor, mas jamais cogitei a hipótese de trocar o meu time de coração, nem trocar o rival a secar, pelos ótimos times de fora (ainda que simpatize ou antipatize por vários deles; afinal, torcer faz parte da curtição)...
E é justamente isso o que mais admiro no mata-mata europeu: a personalidade própria!
A América do Sul já teve Pelé e nem por isso os europeus sonharam em copiar a América do Sul. Levaram Maradona, como levaram Lionel Messi, Neymar, Luis Suárez, mas jamais cogitaram levar algum cartola da Conmebol, da CBF ou da AFA, muito menos copiar alguma fórmula ou decisão da cultura sul-americana. Eles importam o melhor nosso, jamais se fantasiam de sul-americanos...
E nós? Copiamos a patética final em estádio único (na Libertadores), a ridícula entrada conjunta das equipes em campo... E não copiamos a qualidade do gramado, o respeito à torcida adversária nem importamos o gajo Cristiano Ronaldo, o croata Luka Modric, o francês Griezmann, o inglês Harry Kane, o polonês Lewandowski...
Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na banca!