AMAS reabertas têm 3 horas de espera no atendimento
Além da demora, pacientes também reclamam da falta de data para agendar consultas nos locais
Depois que 13 AMAS (Assistência Médica Ambulatorial) integradas às UBSS (Unidades Básicas de Saúde) foram reabertas em agosto, os usuários até elogiam o atendimento, mas há problemas.
O Vigilante Agora percorreu nove das unidades na segunda-feira passada e encontrou usuários reclamando da demora para o preenchimento da ficha, da triagem, do atendimento médico, da fila para retirada de medicamentos e da dificuldade para agendar consultas. A reportagem encontrou pacientes que aguardavam até três horas e meia para serem atendidos.
Na AMA/UBS Jardim Elisa Maria (zona norte), não havia assentos suficientes, o painel eletrônico não funcionava e a demora era de mais de uma hora para a triagem.
A faxineira Ione de Jesus da Silva, 56 anos, mostrou o papel com a senha e o horário de chegada marcado à caneta por uma funcionária da UBS. “Cheguei 9h28, são 10h20 e meu marido não passou nem pela triagem ainda. Ele tem problema nos rins”, contou.
Na AMA/UBS Vila Nova Jaguaré (zona oeste), o banheiro estava sujo. O motorista Michael Jackson Costa, 34, disse que tentou ir três vezes ao pronto atendimento com o dentista da unidade, sendo a última em setembro.
A gerente Raquel Pereira, 53, tenta há três semanas marcar consulta com o ginecologista, mas não há agenda. A reportagem perguntou no balcão e o recepcionista disse que “poderia abrir agenda no dia 12 [hoje], mas não era certeza”.
O atendimento, que demorava cerca de três horas nas unidades Vila Piauí, Jardim São Jorge (na zona oeste) e Jardim Mirna (zona sul) foram as maiores reclamações. Nesse último, o atendimento feito por médicos da família foi criticado. Com exceção desse posto, nos demais os pacientes elogiaram o atendimento.