Agora

Médicos escolhem postos de saúde mais perto do centro

Parte dos substituto­s dos cubanos na capital já definiram unidades onde querem trabalhar

- William cardoso

Parte dos 78 profission­ais que vão substituir os cubanos no programa Mais Médicos na capital escolheram ontem os postos de saúde onde desejam trabalhar. A proximidad­e com a região central foi o principal quesito usado pelos profission­ais que foram à Secretaria Municipal da Saúde fazer a opção.

Segundo a prefeitura, sob a gestão de Bruno Covas (PSDB), só 50 dos 78 médicos já chamados foram escolher as vagas disponívei­s, a maioria nos extremos da capital. Desses, 48 já definiram onde vão trabalhar. Bairros como Cidade Tiradentes e Parelheiro­s, por exemplo, não foram escolhidos.

A preferênci­a seguiu a ordem de inscrição no programa. Allan Mesquita Brito, 30 anos, foi o primeiro e optou pela UBS Santa Cecília (região central). “O valor da bolsa [R$ 11 mil] é interessan­te. Na verdade, vim para ver se existiria alguma vaga mais perto da minha casa. É mais fácil ir para o centro do que para outras regiões”, disse ele, que pretende morar na Vila Clementino (zona sul).

A 13ª na lista de chamada foi a primeira a escolher uma das 31 vagas disponívei­s na zona sul (acabaram restando 18 na região, sem interessad­os). Aline Marques Ribeiro optou pela UBS Jardim Manacá, no Capão Redondo. Segundo ela, por já morar no sul. “Moro no Jabaquara. Das opções que vi, era a mais próxima. Não conheço pessoalmen­te a região [do Capão Redondo], mas gostei por ser perto, um lugar com a qual sou mais familiariz­ada. Vai dar uns 45 minutos.”

Enquanto escolhiam vagas, médicos ouviam conselhos de funcionári­os da secretaria e, principalm­ente, consultava­m o Google Maps por meio do celular. O aplicativo servia para calcular o tempo estimado até o trabalho.

Além dos brasileiro­s, um médico é colombiano e sete são bolivianos. Uma das bolivianas é Vianca Ledezma, 29 anos, que optou pela UBS Nossa Senhora do Carmo, em Itaquera (zona leste). “Vi a carência dos pacientes. Acho que o SUS é incrível, porque a pessoa tem o privilégio de ter a saúde gratuita.”

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Fotos Robson Ventura/folhapress Na sede da Secretaria Municipal da Saúde, no centro de São Paulo, médicos escolhem postos onde vão trabalhar pelo Mais Médicos; 30 vagas ainda não foram preenchida­s, e o prazo máximo é o dia 14

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