Agora

Informalid­ade cresce e atinge 37,3 milhões

A cada dez brasileiro­s ocupados, quatro não tinham registro em carteira em 2017; renda é 48% menor

- (UOL)

A informalid­ade cresceu no Brasil. Em 2017, o país tinha 37,3 milhões de pessoas trabalhand­o sem carteira assinada, o que significa 1,7 milhão a mais do que em 2016, quando 35,6 milhões estavam nesta situação.

Os dados foram divulgados ontem pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatístic­as) e têm como base informaçõe­s da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios).

O total de trabalhado­res informais em 2017 representa 40,8% de toda a população ocupada (que exerce alguma atividade remunerada) no país, diz o IBGE.

Os dados mostram que a informalid­ade vinha caindo aos poucos desde 2012, quando começou a ser feita a pesquisa, mas aumentou no ano passado.

O instituto não detalhou as causas do aumento na informalid­ade, apenas relacionou os números à crise econômica que o país atravessou nos últimos três anos.

Salário menor

A renda do trabalhado­r sem carteira assinada é menos da metade da renda de quem atua com registro. Em 2017, os informais recebiam, em média, 48,5% dos rendimento­s dos formais. A desigualda­de se manteve na comparação por sexos. Uma mulher informal recebeu, em média, 73% de de um homem na mesma condição.

Na análise por cor ou raça, pretos e pardos na informalid­ade receberam 60% de um branco que estava na mesma situação.

Quase metade (46,9%) da população preta ou parda está na informalid­ade. O percentual entre brancos é menor: 33,7%.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil