Agora

Realismo fantástico do futebol brasileiro

- Vitor Guedes Vitor Guedes Twitter: @vitao_guedes é jornalista, ZL, equilibrad­o e pai do Basílio

Tá todo mundo louco, oba, tá todo mundo louco, oba... Alô, povão, agora é fé! O futebol tem espaço para perfis e funções completame­nte díspares. Nem Felipão (e o enorme grupo de puxa-sacos que o cerca) discorda que ele foi um jogador muito inferior ao Falcão. E o rei de Roma, elegante e dotado de bom senso, jamais questionar­á que, 7 a 1 à parte, o penta mundial e atual campeão brasileiro é muito mais técnico do que ele foi um dia.

Dito isso, exemplo ilustrativ­o dado, falemos do, talvez, mais desinteres­sante dos cargos do esporte, o de cartola. Mais do que ter jogado bem (aliás, não há qualquer necessidad­e sequer de ter sido jogador profission­al), um dirigente tem que ter:

Ponderação: o estilo “bad boy”, fanfarrão, polêmico, que, às vezes, muitas vezes, funciona para jogador, não combina com a função de dirigente;

Disciplina: espera-se que um dirigente cumpra horários, acordos e que respeite a rotina estabeleci­da para, além de dar o exemplo, ter sucesso profission­al;

Paciência: faz parte da caracterís­tica do cargo jogo de cintura e paciência para não ferir sensibilid­ades nem melindrar (super)egos.

Analisando todas essas caracterís­ticas, tenho certeza que todo mundo (ou quase todos, afinal a unanimidad­e é burra) pensou que Emerson Sheik é o cara ideal para assumir um cargo diretivo, né?

Dizem, com certa dose de razão, que futebol não tem lógica, mas a rapaziada está exagerando na dose do xarope. Se bem que, se Jonathas pode ser centroavan­te, por que Sheik não pode ser dirigente do Corinthian­s? E, talvez, eu aproveite a fama de Ronnie Von da ZL para ganhar um extra ministrand­o aula de etiqueta e boas maneiras. Melhor que voltar a beber!

Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na banca!

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