Realismo fantástico do futebol brasileiro
Tá todo mundo louco, oba, tá todo mundo louco, oba... Alô, povão, agora é fé! O futebol tem espaço para perfis e funções completamente díspares. Nem Felipão (e o enorme grupo de puxa-sacos que o cerca) discorda que ele foi um jogador muito inferior ao Falcão. E o rei de Roma, elegante e dotado de bom senso, jamais questionará que, 7 a 1 à parte, o penta mundial e atual campeão brasileiro é muito mais técnico do que ele foi um dia.
Dito isso, exemplo ilustrativo dado, falemos do, talvez, mais desinteressante dos cargos do esporte, o de cartola. Mais do que ter jogado bem (aliás, não há qualquer necessidade sequer de ter sido jogador profissional), um dirigente tem que ter:
Ponderação: o estilo “bad boy”, fanfarrão, polêmico, que, às vezes, muitas vezes, funciona para jogador, não combina com a função de dirigente;
Disciplina: espera-se que um dirigente cumpra horários, acordos e que respeite a rotina estabelecida para, além de dar o exemplo, ter sucesso profissional;
Paciência: faz parte da característica do cargo jogo de cintura e paciência para não ferir sensibilidades nem melindrar (super)egos.
Analisando todas essas características, tenho certeza que todo mundo (ou quase todos, afinal a unanimidade é burra) pensou que Emerson Sheik é o cara ideal para assumir um cargo diretivo, né?
Dizem, com certa dose de razão, que futebol não tem lógica, mas a rapaziada está exagerando na dose do xarope. Se bem que, se Jonathas pode ser centroavante, por que Sheik não pode ser dirigente do Corinthians? E, talvez, eu aproveite a fama de Ronnie Von da ZL para ganhar um extra ministrando aula de etiqueta e boas maneiras. Melhor que voltar a beber!
Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na banca!