Família sem leite desde agosto
A atendente Anna Luiza Felipe Oliveira, 23 anos, moradora da Freguesia do Ó (zona norte), tenta obter o Leve Leite para seus dois filhos desde que perdeu o emprego, em agosto deste ano.
Ela reclama da burocracia, da falta de respostas e lamenta que a administração municipal tenha reduzido ainda mais a previsão de gastos com o programa para o próximo ano, em comparação com o que foi estipulado no Orçamento de 2018.
“Estou desempregada faz quatro meses, recebendo só R$ 973 de seguro desemprego e esse dinheiro não dá para nada. Preciso de leite ao menos para o meu filho pequeno. Vão cortar mais ainda? Isso é um absurdo”, afirma Anna Luiza.
Os filhos da atendente desempregada são Ravi César Felippe Ramos, 1 ano, e Rawan César Felippe Ramos, 5, que estudam em uma creche e em uma escola municipais na região da Freguesia. “Desde agosto, não chegou nada. Diz que tem mãe que fez inscrição em janeiro e foi chegar só ontem. É uma calamidade com o ser humano. Pago aluguel e o leite já me ajudaria muito. Uma caixa de leite custa R$ 37”, diz.
A atendente desempregada conta que o filho maior chegou a receber leite no passado, mas o benefício foi cortado. “Eu estava trabalhando, ele já não tomava tanto e consegui me segurar”, diz. Segundo a Secretaria Municipal da Educação, da gestão Covas, os filhos de Anna Luiza foram cadastrados esse ano e receberão o leite no 3º ciclo, que já está ocorrendo.