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Desistente do Mais Médicos pode ter regra mais rígida

- (FSP)

Brasília Com a dificuldad­e em fixar brasileiro­s no Mais Médicos, o Ministério da Saúde planeja endurecer as regras para profission­ais que desistem de atuar no programa antes do fim do contrato.

Pela regra atual, médicos que ingressam no Mais Médicos não precisam devolver o valor de passagens aéreas e ajuda de custo para mudança caso fiquem no programa por ao menos seis meses. Hoje, esse auxílio pode chegar a até três vezes o valor da bolsa paga ao médico: R$ 35,4 mil.

A ideia é que o valor de auxílio recebido tenha que ser devolvido de forma proporcion­al ao tempo em que o médico esteve no programa. O contrato do Mais Médicos vale por três anos. Assim, caso o médico fique no programa apenas por um ano e meio, por exemplo, terá que devolver 50%. “Se ficou seis meses, tem que devolver tudo. Se ficou um ano, tem que devolver proporcion­al”, diz o ministro Gilberto Occhi.

Uma portaria com as novas regras deve ser publicada já na próxima semana. A medida já valeria para os brasileiro­s que ingressam nesse novo edital, como complement­o.

Problemas

A precarieda­de e a escassez de materiais e equipament­os ajudam a explicar a dificuldad­e de atrair profission­ais do Mais Médicos a locais mais distantes. A UBS na terra indígena Massacará, em Euclides da Cunha (BA), a 330 km de Salvador, é um exemplo. Parte do teto da sala desabou por causa do peso das fezes de morcegos.

Segundo o secretário da Saúde de Euclides da Cunha, Claudio Lima, o município planeja reformar as UBSS em 2019, com recursos federais, recebidos em 2018 por emenda parlamenta­r.

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Adriano Vizoni/folhapress Parte do teto da UBS de Massacará, em Euclides da Cunha (BA), que desabou com o peso das fezes de morcegos; local em péssimo estado afasta médicos

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