Justiça confirma cassação do vereador Camilo Cristófaro
Recurso foi negado, e político do PSB que teve embate recente com Doria terá que deixar a Câmara
O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) negou recurso apresentado pela defesa do vereador Camilo Cristófaro (PSB) e confirmou a cassação de seu mandato ontem. Em junho, o vereador teve o mandato cassado após ser denunciado por fraude eleitoral na captação de recursos de campanha.
O vereador poderá recorrer da decisão, mas fora do cargo de vereador. Seu suplente será chamado nos próximos dias para ocupar a vaga.
De acordo com o Ministério Público Eleitoral, recursos utilizados na campanha do vereador tiveram origem ilícita. Investigação feita pela Justiça eleitoral constatou que R$ 6 mil que foram repassados por uma idosa de mais de 80 anos, moradora de Jundiaí, que não teria recursos para fazer tal doação.
Ana Maria Camparini estaria desempregada, doente e na fila casa própria, e teria doado dinheiro para outros candidatos além de Camilo, como o prefeito de São Caetano do Sul, José Auricchio Júnior (PSDB), que teria recebido dela R$ 293 mil para sua campanha, segundo a procuradoria.
Recentemente, Cristófaro protagonizou rusgas públicas com o governador eleito João Doria (PSDB). Durante o período eleitoral, o vereador, do mesmo partido do governador e então concorrente de Doria Márcio França (PSB), gravou vídeos em que criticava duramente o tucano devido a vídeos que circulavam em redes sociais em que ele supostamente aparece em uma orgia.
Em março de 2017, a então vereadora suplente Isa Penna (PSOL), eleita deputada estadual recentemente, relatou ter sido empurrada e xingada por Cristófaro.
Segundo Isa, ele a xingou de “vagabunda”, “terrorista”, “cocô de galinha” e insinuou ameaças dizendo que ela não deveria ficar surpresa se “tomar uns tapas na rua”.
Cristófaro elegeu-se vereador de São Paulo em 2016 com o discurso contra a “indústria da multa”.