Agora

Ministra evangélica é conservado­ra

- (FSP)

A mulher “nasceu para ser mãe”, seu “papel mais especial”, e dizer que elas estão em guerra com os homens é uma lorota feminista.

É assim que a pastor evangélica Damares Alves, nova ministra de Jair Bolsonaro, versa sobre o feminismo em entrevista gravada no dia 8 de março, Dia Internacio­nal da Mulher, para um site conservado­r do Rio Grande do Norte, o Expresso Nacional.

Ela, que numa pregação de 2013 se descreveu como pastora, professora, advogada e corintiana, trabalha, por salário líquido de R$ 4.408, no gabinete do senador Magno Malta (PR-ES).

Alves já fez a assessoria jurídica da Frente Parlamenta­r Evangélica, na qual ficou conhecida pelo bom trânsito com parlamenta­res. Diz-se mestre em educação e em direito constituci­onal e da família. Também é creditada como fundadora da Atini, uma entidade que zela por crianças indígenas.

Suas pautas se alinham às da bancada que diz falar no Congresso em nome dos evangélico­s.

Ao Expresso Nacional, por exemplo, afirmou que a ideologia de gênero é “morte, é morte de identidade”.

Com carreira profission­al hiperativa, ela diz que, ao contrário do que feministas propagande­ariam, é possível, sim, ser do lar e do mercado de trabalho. “Me preocupo com ausência da mulher de casa”, diz a pastora da Igreja Quadrangul­ar, que brinca em seguida: amaria passar a tarde deitada na rede, “e o marido ralando muito, muito, muito para me encher de joias”.

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