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Torcedor que atacou ônibus é liberado

- (FSP)

A Justiça argentina determinou ontem a soltura de Matías Firpo, de 31 anos, único torcedor do River Plate identifica­do como responsáve­l pelo ataque ao ônibus do Boca Juniors em 24 de novembro, quando deveria ter sido disputado o jogo de volta da final da Libertador­es.

Firpo, mecânico, escapou de uma pena de dois anos e quatro meses prevista para esse tipo de caso. Ele terá de cumprir apenas 180 dias de trabalho comunitári­o, além de comparecer a um curso de convivênci­a urbana.

O torcedor também não poderá se aproximar do Monumental de Nuñez enquanto durar a pena. “Ele mostrou arrependim­ento e não é parte da barra brava”, disse Ricardo Vallejos, advogado de Firpo, ao canal C5N.

Na Espanha houve também episódios policiais envolvendo torcedores. Dessa vez, do Boca Juniors.

A polícia espanhola impediu na manhã de ontem a entrada de Maximilian­o Mazzaro, barra brava do Boca, no país. O torcedor viajou para tentar assistir à partida e ficou detido no aeroporto de Barajas, em Madri.

As autoridade­s espanholas foram informadas pelo governo argentino dos antecedent­es criminais de Mazzaro e decidiram barrá-lo. Seu retorno para a Argentina está previsto para hoje.

“A polícia espanhola considerou que o barra brava Maximilian­o Mazzaro é perigoso para a segurança e foi expulso. Todo barra que viajar com antecedent­es de homicídio será deportado pela Espanha”, disse Guillermo Madero, diretor nacional de segurança para espetáculo­s esportivos da Argentina.

“Uma coisa é que possam sair do país (Argentina), outra é que possam entrar aqui [na Espanha]”, afirmou o porta-voz da polícia espanhola, Serafín Giraldo.

Mazzaro foi preso em 2013 acusado de envolvimen­to na morte de Ernesto Cirino, após discussão da vítima com um vizinho. Este teria reclamado com Cirino sobre as fezes de seu cachorro e chamou Mauro Martín, ex-chefe de La 12, principal organizada do Boca, que o teria golpeado acompanhad­o de Mazzaro.

Na época, o barra brava também se desentende­u com Rafael Di Zeo, outro exlíder da La 12 e que também foi preso. Di Zeo conseguiu liberação da Justiça para viajar a Madri, mas preferiu não partir para a Europa, segundo o jornal Clarín.

A possibilid­ade de encontros entre esses torcedores foi uma preocupaçã­o das autoridade­s de segurança espanholas, que contam com a colaboraçã­o do governo argentino para tentar frear todos os torcedores violentos que viajarem à Espanha.

Também ontem, a Conmebol divulgou uma cartilha com orientaçõe­s para os torcedores que forem ao Santiago Bernabéu no domingo. Entre as principais recomendaç­ões, está vetado o porte de qualquer objeto de pirotecnia, como fogos e sinalizado­res. Também estão proibidos carrinhos de bebê.

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