Agora

Mais regular, Medina luta pelo bicampeona­to

- Daniel e. de castro (FSP)

Em sua temporada mais regular desde que conquistou a Liga Mundial de Surfe, em 2014, o brasileiro Gabriel Medina, 24 anos, está próximo de garantir o bicampeona­to. Ele lidera a competição deste ano com 56.190 pontos, à frente do compatriot­a Filipe Toledo, 23 anos, e do australian­o Julian Wilson, 30 anos. Ambos têm 51.450.

A etapa de Pipeline, no Havaí, que encerra o ano, tem previsão de início para amanhã. Para ficar com o título sem depender do desempenho dos rivais, Medina precisa avançar à final. Mesmo que seja eliminado logo de cara, seus adversário­s terão que ir à decisão para desbancá-lo.

Desde o seu título mundial, o surfista nascido em São Sebastião, no litoral de São Paulo, se manteve na elite do esporte. Ele terminou a temporada duas vezes em terceiro lugar (2015 e 2016) e uma vez como vice-campeão, no ano passado.

Faltava, porém, uma performanc­e tão constante ou até mais do que a de 2014, quando ele também chegou a Pipeline em situação favorável. Na ocasião, seu principal concorrent­e era o australian­o Mick Fanning, tricampeão mundial.

No ano passado, o paulista ficou na segunda posição mesmo tendo vencido duas etapas, contra uma do campeão, John John Florence. O surfista do Havaí, porém, chegou pelo menos às quartas de final em 9 dos 11 eventos do calendário. O brasileiro, em 6 deles.

A regularida­de ausente em 2017 está presente em 2018. Das 10 etapas realizadas até aqui, Medina venceu 2 (Taiti e Califórnia). Também foi às semifinais três vezes e parou nas quartas outras três.

Dessa forma, ele abriu uma vantagem confortáve­l sobre os maiores concorrent­es.

Neste ano, quem pode reclamar por não ter sido constante é o potiguar Italo Ferreira, 24 anos. O maior vencedor de etapas até aqui, com três troféus (Bells Beach, Bali e Portugal), também acumulou participaç­ões fracas e chegou à decisão em quarto lugar no ranking, já sem chances de título.

Toledo, ganhador no Rio de Janeiro e em Jeffreys Bay, também vive seu ano mais regular e foi às quartas de final sete vezes até agora. Mesmo assim, ele lamenta chances desperdiça­das.

Dos concorrent­es ao título, Julian Wilson é o único que já venceu em Pipeline. Foi em 2014, quando derrotou Medina, que havia se consagrado campeão pouco antes. Naquela final, Gabriel obteve uma nota 10 e mesmo assim ficou atrás do rival (19.63 a 19.20). Se o nível de quatro anos atrás se repetir, a temporada 2018 terá um desfecho memorável.

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Gabriel Medina em ação na etapa de Surf Ranch Pro, na Califórnia, na qual sagrou-se campeão; a partir de amanhã, ele lutará pelo bi mundial no Havaí
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