Agora

Jetta contra o líder

Nova geração do sedã da Volkswagen já encara seu rival da Toyota, os dois em suas versões de luxo

- Fernando pedroso

A Toyota já mostrou a nova geração do Corolla no Japão, na Europa e nos Estados Unidos, mas a atual continua mandando no mercado brasileiro. Até o final de novembro, era o 10º carro mais vendido do Brasil e, dentro de sua categoria, vende o mesmo que seus principais rivais somados.

Entre eles está o Jetta, na modesta sexta colocação entre os sedãs médios, resultado que se explica pela mudança de geração que veio somente em setembro.

Sem grandes ambições, já que vem do México e tem cotas de importação, o sedã da Volkswagen quer fisgar o consumidor pelo luxo. A versão R-line, a mais cara por R$ 119.990, tem visual esportivo e equipament­os tecnológic­os como piloto automático adaptativo que se mantém na velocidade do veículo à frente e pode frear sozinho, rodas 17, faróis de LED e central multimídia com espelhamen­to de celulares.

O Corolla custa R$ 1.000 a menos, mas é conservado­r nos itens. Traz o essencial para a categoria como arcondicio­nado de duas zonas, controles de tração e estabilida­de e sete airbags, um a mais que o Jetta que não tem a bolsa para os joelhos do motorista. A tela multimídia não conversa com celulares e, para piorar, tem funcioname­nto bastante confuso.

O Corolla é conservado­r também na mecânica. O motor 2.0 segue a receita antiga de usar um bloco grande para gerar praticamen­te a mesma potência do Jetta, que usa um 1.4 turbo. O resultado disso é um desempenho inferior e consumo maior, principalm­ente na estrada (veja os números nas fichas técnicas ao lado).

O câmbio CVT (sem trocas) colabora nas arrancadas mais lentas do que no Volks, que usa uma boa transmissã­o automática de seis marchas. Mas, por outro lado, ajuda para manter um funcioname­nto mais suave, silencioso e confortáve­l no sedã da Toyota.

Os ocupantes também agradecem a suspensão mais macia, prática nas ruas de São Paulo. O Jetta, com uma pegada mais esportiva, é mais duro para ter estabilida­de, mas alguns passageiro­s reclamam.

E chiam também com o túnel central alto. Quem senta no meio precisa dividir espaço para as pernas com os outros dois ocupantes do banco traseiro. Mas, se for à noite, o motorista pode acalmar os ânimos mudando as cores das luzes indiretas no painel e nas portas. São 10 opções.

O Corolla não tem nada disso, mas é mais caprichado. Tem revestimen­to de couro claro nos bancos e no painel que dá uma impressão de ser mais luxuoso, apesar de careta. E talvez seja isso que faça o Corolla vender tanto. Motor Potência Torque (força) Câmbio 1.4, 4 cil., 16v, turbo, flex 150 cv (A e G) a 5.000 rpm 25,5 kgfm (A e G) a 1.400 rpm Automático, 6 marchas Consumo Inmetro Cidade 7,4 km/l (A) e 10,9 km/l (G) Estrada: 9,6 km/l (A) e 14 km/l (G) Dimensões Compriment­o: 4,70 m

Largura: 1,80 m

Altura: 1,47 m

Entre-eixos: 2,69 m

Peso: 1.331 kg

Porta-malas: 510 litros Tem mecânica mais moderna e mais equipament­os Pontos Fracos Túnel central alto prejudica o espaço no banco traseiro

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FICHA TÉCNICA
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