Jetta contra o líder
Nova geração do sedã da Volkswagen já encara seu rival da Toyota, os dois em suas versões de luxo
A Toyota já mostrou a nova geração do Corolla no Japão, na Europa e nos Estados Unidos, mas a atual continua mandando no mercado brasileiro. Até o final de novembro, era o 10º carro mais vendido do Brasil e, dentro de sua categoria, vende o mesmo que seus principais rivais somados.
Entre eles está o Jetta, na modesta sexta colocação entre os sedãs médios, resultado que se explica pela mudança de geração que veio somente em setembro.
Sem grandes ambições, já que vem do México e tem cotas de importação, o sedã da Volkswagen quer fisgar o consumidor pelo luxo. A versão R-line, a mais cara por R$ 119.990, tem visual esportivo e equipamentos tecnológicos como piloto automático adaptativo que se mantém na velocidade do veículo à frente e pode frear sozinho, rodas 17, faróis de LED e central multimídia com espelhamento de celulares.
O Corolla custa R$ 1.000 a menos, mas é conservador nos itens. Traz o essencial para a categoria como arcondicionado de duas zonas, controles de tração e estabilidade e sete airbags, um a mais que o Jetta que não tem a bolsa para os joelhos do motorista. A tela multimídia não conversa com celulares e, para piorar, tem funcionamento bastante confuso.
O Corolla é conservador também na mecânica. O motor 2.0 segue a receita antiga de usar um bloco grande para gerar praticamente a mesma potência do Jetta, que usa um 1.4 turbo. O resultado disso é um desempenho inferior e consumo maior, principalmente na estrada (veja os números nas fichas técnicas ao lado).
O câmbio CVT (sem trocas) colabora nas arrancadas mais lentas do que no Volks, que usa uma boa transmissão automática de seis marchas. Mas, por outro lado, ajuda para manter um funcionamento mais suave, silencioso e confortável no sedã da Toyota.
Os ocupantes também agradecem a suspensão mais macia, prática nas ruas de São Paulo. O Jetta, com uma pegada mais esportiva, é mais duro para ter estabilidade, mas alguns passageiros reclamam.
E chiam também com o túnel central alto. Quem senta no meio precisa dividir espaço para as pernas com os outros dois ocupantes do banco traseiro. Mas, se for à noite, o motorista pode acalmar os ânimos mudando as cores das luzes indiretas no painel e nas portas. São 10 opções.
O Corolla não tem nada disso, mas é mais caprichado. Tem revestimento de couro claro nos bancos e no painel que dá uma impressão de ser mais luxuoso, apesar de careta. E talvez seja isso que faça o Corolla vender tanto. Motor Potência Torque (força) Câmbio 1.4, 4 cil., 16v, turbo, flex 150 cv (A e G) a 5.000 rpm 25,5 kgfm (A e G) a 1.400 rpm Automático, 6 marchas Consumo Inmetro Cidade 7,4 km/l (A) e 10,9 km/l (G) Estrada: 9,6 km/l (A) e 14 km/l (G) Dimensões Comprimento: 4,70 m
Largura: 1,80 m
Altura: 1,47 m
Entre-eixos: 2,69 m
Peso: 1.331 kg
Porta-malas: 510 litros Tem mecânica mais moderna e mais equipamentos Pontos Fracos Túnel central alto prejudica o espaço no banco traseiro