Deputada sofre atentado
O carro em que estava a deputada estadual e ex-chefe da Polícia Civil Martha Rocha (PDT-RJ) foi alvo de tiros na manhã de ontem, no bairro da Penha, zona norte do Rio de Janeiro. A deputada estava no carro blindado com a mãe e o motorista a caminho da igreja.
A deputada e a mãe não foram atingidas, mas o motorista Geonisio Medeiros levou um tiro na perna e foi levado ao hospital Getúlio Vargas. Ele já foi liberado.
Ao UOL, a Polícia Civil confirmou a ocorrência, mas não deu mais detalhes. Ainda não há informações sobre quem era o alvo do ataque, nem sobre as motivações do crime. A polícia investiga se o ocorrido foi um atentado ou uma tentativa de assalto.
Martha Rocha estava indo buscar a mãe para irem à igreja como fazem aos domingos. No percurso, eles foram interceptados por um carro branco modelo Creta. O motorista da deputada conseguiu desviar, mas um indivíduo que usava capuz saiu do Creta, apontou e disparou um tiro de fuzil, informou a assessoria dela.
Presidente nacional do PDT, o ex-ministro Carlos Lupi disse acreditar que a ocorrência foi um atentado. “A polícia está investigando. A nossa suspeita é de atentado”, disse ao UOL.
O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, pediu a investigação do caso e associou o episódio a casos de terrorismo. “A legislação brasileira tem que estar à altura da gravidade dos crimes, que mostram uma face do terrorismo e que estão sendo cometidos contra o nosso estado e o nosso país”, disse em nota.
A Alerj (Assembleia Legislativa do Rio) também classificou o episódio como um atentado. Em nota, disse que considera “extremamente grave o ataque a tiros contra o veículo em que estava a deputada Martha Rocha e seu motorista” e pede urgência na apuração do caso e a prisão dos responsáveis.
Martha Rocha foi primeira mulher a chefiar a Polícia Civil do Rio, de 2011-2014.
No último ano, ela ocupou a comissão de Segurança Pública da Alerj. Apesar de ser mais próxima da Polícia Civil, a deputada apoiou a campanha de policiais militares pelo fim do regime adicional de trabalho obrigatório, no qual agentes são convocados a trabalhar em dias de folga.
Rocha se reelegeu com 48.949 votos. Seu partido, o PDT, conseguiu manter três cadeiras na Alerj.