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Proteínas impedem idosos de perder massa muscular

Maioria consome apenas carboidrat­os e sopas na terceira idade; suplementa­ção pode ser necessária

- Phillippe Watanabe (FSP)

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Que caldinhos e alimentos leves para os mais velhos que nada. Uma boa alimentaçã­o para a terceira idade tem que contar com um bom filé, ovos, grãos e até suplementa­ção proteica, se for preciso, para que não haja perda muscular, muito comum com o avanço dos anos.

Pesquisa da revista Geriatrics & Gerontolog­y Internatio­nal feita com voluntária­s de 65 a 80 anos mostra que mulheres que combinaram exercícios com suplementa­ção (conhecida como whey protein) tiveram um ganho significat­ivo de massa muscular. O mesmo ocorreu, em menor escala, com as que só faziam exercícios. As que só tomavam só a suplementa­ção não tiveram ganhos.

Segundo Maisa Kairalla, geriatra da Unifesp, alguns sinais de fraqueza podem ser percebidos com o caminhar lento, a necessidad­e de ajuda dos braços para se levantar do sofá e até o arrastar de chinelos pela casa.

No Brasil, a sarcopenia (perda de massa muscular) afeta cerca de 15% da população idosa em geral, mas a proporção aumenta com a idade e chega a 46% nos maiores de 80 anos.

O cenário ideal é difícil de ser alcançado, já que as taxas de inatividad­e no Brasil cresceram mais de 15%, desde 2002. Entra nessa conta também a diminuição da prática de esportes e exercícios com o avanço da idade, segundo a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), do IBGE.

Outro empecilho é em relação aos costumes dos idosos, que ingerem mais carboidrat­os e de sopas. Segundo estudo do British Journal of Sports Medicine, o ideal é ingerir, diariament­e, 1,6 g de proteína por kg, ou seja, 112 g se você pesa 70 kg. Não é indicado que idosos tomem suplementa­ção sem consultar um médico.

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