Proteínas impedem idosos de perder massa muscular
Maioria consome apenas carboidratos e sopas na terceira idade; suplementação pode ser necessária
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Que caldinhos e alimentos leves para os mais velhos que nada. Uma boa alimentação para a terceira idade tem que contar com um bom filé, ovos, grãos e até suplementação proteica, se for preciso, para que não haja perda muscular, muito comum com o avanço dos anos.
Pesquisa da revista Geriatrics & Gerontology International feita com voluntárias de 65 a 80 anos mostra que mulheres que combinaram exercícios com suplementação (conhecida como whey protein) tiveram um ganho significativo de massa muscular. O mesmo ocorreu, em menor escala, com as que só faziam exercícios. As que só tomavam só a suplementação não tiveram ganhos.
Segundo Maisa Kairalla, geriatra da Unifesp, alguns sinais de fraqueza podem ser percebidos com o caminhar lento, a necessidade de ajuda dos braços para se levantar do sofá e até o arrastar de chinelos pela casa.
No Brasil, a sarcopenia (perda de massa muscular) afeta cerca de 15% da população idosa em geral, mas a proporção aumenta com a idade e chega a 46% nos maiores de 80 anos.
O cenário ideal é difícil de ser alcançado, já que as taxas de inatividade no Brasil cresceram mais de 15%, desde 2002. Entra nessa conta também a diminuição da prática de esportes e exercícios com o avanço da idade, segundo a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), do IBGE.
Outro empecilho é em relação aos costumes dos idosos, que ingerem mais carboidratos e de sopas. Segundo estudo do British Journal of Sports Medicine, o ideal é ingerir, diariamente, 1,6 g de proteína por kg, ou seja, 112 g se você pesa 70 kg. Não é indicado que idosos tomem suplementação sem consultar um médico.