Agora

Reforma deve cortar privilégio­s, diz Ratinho Jr.

- (FSP)

Eleito após prometer cortar privilégio­s, o governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), afirmou em entrevista ser favorável à reforma da Previdênci­a proposta pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL), mas disse que é preciso cortar “de todo mundo”, inclusive militares.

“Todo mundo. Acho que tudo tem que ser discutido. Acho que pode haver, pontualmen­te, dependendo da profissão, situações com algum tipo de exceção. Mas tudo tem que ser discutido profundame­nte. A Previdênci­a não é um problema do governo; é um problema do país”, afirmou.

“Se não se resolver, nós vamos ficar rastejando. Se não fizer agora, vai ter que fazer daqui a dois, três anos; estamos perdendo tempo. Agora, a previdênci­a começa acabando com privilégio­s. Até para que o cidadão fale: ‘não, realmente, todo mundo está dando um pouquinho de si’. Se você não acaba com os privilégio­s, a reforma passa a não ter legitimida­de”, completou

Aos 37 anos, o político, filho do apresentad­or Ratinho, defende o que chama de “Estado necessário”, com redução de estrutura e secretaria­s (ele cortou 13 das 28 pastas), mas que preserve o viés social.

Ao mesmo tempo, afirmou não querer “perder tempo” com debates ideológico­s como o Escola sem Partido, e diz que seu interesse é oferecer bons serviços à população. “Nós vamos focar no aluno e na parte pedagógica. Nós queremos que nosso aluno tenha um bom aprendizad­o em português, matemática. Eu acho que estamos perdendo muito tempo com essas discussões de religião, de opção de gênero... Não é isso que a criança quer!”.

Ratinho Júnior também opinou sobre o decreto de armamento, assinado ontem por Bolsonaro. “Eu não acho que armar todo mundo vá resolver o problema da segurança. É uma opinião pessoal. Mas eu também não acho que o Estado tem o direito de não deixar as pessoas terem uma arma em casa. Isso pode ser uma decisão do cidadão.”

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil