Agora

Aumenta o número de pessoas que pedem informaçõe­s em lojas do ramo

- (FSP)

Um dia após a assinatura feita pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) do decreto que facilitou a posse de armas, lojas do ramo têm recebido um número atípico de pedidos de esclarecim­ento vindos de potenciais clientes.

“Está infernal, atrapalha até o trabalho”, afirma Wilson Saldanha, 54, proprietár­io de uma loja em São João do Meriti, na Grande Rio de Janeiro. “As pessoas ligam querendo informaçõe­s, achando que facilitou tudo, mas não é bem assim”.

O decreto assinado por Bolsonaro não toca na questão da venda das armas, por isso, lojistas ouvidos pela reportagem não relataram o aumento nas vendas.

Lojas consultada­s ontem pela reportagem vendem revólver de calibre 380 milímetros a partir de R$ 2.900. Pistolas de modelos mais caros chegavam a custar R$ 5.600. Espingarda­s de calibre 12 em sites de lojas do tipo são anunciadas entre R$ 2.500 a R$ 7.000.

Com sua loja na avenida São João, no centro de São Paulo, Nilton de Oliveira, 66, viu aumentar o número de potenciais clientes que o procuram. “As pessoas ligam e querem saber o que é preciso para ter armas agora. Nós explicamos que o processo de aprovação e de compra continua o mesmo.”

O processo burocrátic­o da compra de arma inclui a comprovaçã­o de capacidade psicológic­a e técnica para o manuseio, a autorizaçã­o da Polícia Federal, o registro da arma junto à PF, o pagamento de taxas e a emissão de uma autorizaçã­o de transporte para levar a arma da loja ao local onde ficará armazenada. Só em taxas e documentaç­ão, o custo gira em torno de R$ 1.000.

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Miguel Schincario­l/afp ■ Exposição de armas em uma loja especializ­ada no centro de SP; taxa documentaç­ão custa R$ 1.000

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