Agora

Mulheres saem em defesa do direito de estarem armadas

- (FSP)

Armadas e empoderada­s. Este é o nome do grupo que a empresária Solange Lopes, 39 anos, dona de uma loja de roupas e de um salão de beleza no Mato Grosso do Sul, criou em uma rede social para compartilh­ar informaçõe­s sobre armamento com outras mulheres.

“Empoderame­nto não é levantar bandeira e mostrar peito na rua. É ter arma na cintura, usar salto e ir trabalhar todos os dias”, diz ela, que aprendeu a atirar aos 10 anos com o pai em um sítio onde vivia em Rondônia.

O empoderame­nto tem sido usado por mulheres que veem no armamento um meio de autodefesa.

Solange, que também é uma das presidente­s do Instituto Defesa, que luta pelo acesso da população a armas, e dona da página “Musas de direita do Mato Grosso do Sul”, afirma que “atirar libera adrenalina”.

“Funciona como uma válvula de escape para mim”, conta ela, que prefere armas pesadas —a favorita é a espingarda de calibre 12.

A empresária diz que, antes de atirar em um criminoso, daria um tiro de alerta, para cima, para mostrar que está armada. A deputada federal Joice Hasselmann (PSL) pensa diferente.

“A melhor forma de você enfrentar um bandido em potencial, um estuprador em potencial, é estar armado e saber usar a arma. De preferênci­a mirar bem no meio das pernas e atirar.”

A deputada eleita evita usar o termo “empoderada”. Prefere “poderosa”. “A mulher poderosa que sabe mexer numa arma, o bandido não vai dar uma de besta do lado dela não”, disse.

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