Agora

‘Aranhavers­o’ é outra animação que deu certo

- Thales de menezes

Já em cartaz nos cinemas, “Homem-aranha no Aranhavers­o” é a melhor animação de super-herói já produzida: isso é incontestá­vel. Também é um dos exemplares mais bacanas de filme-gibi, seja desenho animado ou live-action (trabalhos realizados por atores reais). E já tem especialis­ta defendendo ser o melhor de todos esses filmes.

Pisando no freio da empolgação, trata-se de uma produção em que tudo deu certo. Roteiro bem bolado, personagen­s simpáticos e uma amostra de soluções visuais inventivas.

As texturas de imagem são alternadas, lembrando várias técnicas de ilustração. Em algumas cenas, apenas o que está à frente tem foco. Isso reproduz como a visão humana funciona, sem a correção tradiciona­l do desenho animado, que deixa definidas todas as profundida­des da imagem.

O filme carrega a ousadia temática que o Aranhavers­o injetou nos quadrinhos de um personagem cinquentão. Aqui ele surge com Miles Morales, Homem-aranha negro e adolescent­e que assume o lugar do herói após a morte de Peter Parker.

Também picado por uma aranha radioativa, Morales vai tentando combater o crime. No caminho, encontra outros cinco homens-aranha, muito diferentes uns dos outros. Eles existem em dimensões alternativ­as. Um deles é o Peter Parker de uma Terra paralela, que será o relutante mentor de Morales.

Os outros quatro são Spider-woman (Gwen Stacy, que no universo tradiciona­l é uma das paixões do herói), Spider-man Noir (desenhado em preto e branco), Peny Parker (japonesa que tem conexão mental com uma aranha radioativa) e Spiderham, um porco falante de um mundo de animais com caracterís­ticas humanas.

Os seis Aranhas estão juntos porque o teste de um acelerador de energia desestabil­izou as fronteiras entre os mundos. Os heróis precisam enfrentar vilões que têm controle do aparelho para retornarem suas dimensões.

Parece complicado, mas não é. A narrativa é fluida e não exige conhecimen­to das histórias dos gibis. E traz preocupaçõ­es inclusivas, com personagen­s negros e hispânicos, bullying e um discurso de força feminina com Stacy.

Inteligent­e, “Homem-aranha no Aranhavers­o” prova que ainda há muito a ser inventado na animação. (FSP)

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Divulgação Da esq. para a dir.: Peni (voz de Kimiko Glen), Spider-gwen (Hailee Steinfeld), Spider-ham (John Mulaney), Miles Morales (Shameik Moore), Peter Parker (Jake Johnson) e Spider-man Noir (Nicolas Cage), em cena de “Homem-aranha: No Aranhavers­o”
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Divulgação Os dragões Fúria da Noite e Fúria da Luz se apaixonam na terceira edição da franquia

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